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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O tiro incerto dos dados

Por e-mail (sic)

A Revista Veja desta semana trás a reportagem intitulada "O Tiro certeiro da lei", onde glorifica o chamado "Estatuto do Desarmamento" dando-lhe o crédito pela redução dos homicídios em São Paulo.

Porém, em mais uma dança de números, não explica questões de lógica elementar:

1. Se a lei aprovada em 2003 foi responsável pela queda no número de homicídios, como se explica que isso vem ocorrendo desde 1999, ou seja, muito antes do Estatuto?

2. Se a lei, na prática, só dificulta e muito que armas legalizadas sejam vendidas como é possível imaginar que isso possa ter algum impacto nos chamados crimes de vingança? Ou será que alguém que pretende matar compra uma arma no comércio legalizado?

3. Se, como dito acima, a lei dificulta apenas o comércio legal, como não esperar uma queda maior nos chamados crimes "por impulso"?

4. Sendo uma lei federal, como tal redução não se repetiu em outras capitais, sendo que em várias o números de homicídios cresceu significantemente?

5. Um homicídio cometido com uma faca é menos grave que o cometido com uma arma de fogo?

A redução dos homicídios em São Paulo aconteceu por vários fatores, sendo que os principais são:

1. São Paulo é o estado onde a polícia mais prende;

2. São Paulo é o estado onde o judiciário mantém mais criminosos presos, sendo que 40% de todos os presos do Brasil estão aqui;

3. E por último, algo que não podemos comemorar, criou-se aqui uma única facção criminosa e o número de bandidos mortos por outros bandidos caiu drasticamente.

Infelizmente, nem mesmo a revista Veja está livre de publicar matérias onde o tiro certeiro matou unicamente a profundidade que uma reportagem dessas merecia

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