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terça-feira, 16 de setembro de 2008

O arcebispo Carlo Caffarra denuncia o silêncio da mídia sobre as perseguições na Índia (Zenit.org),

Do portal do PERCIVAL PUGGINA

BOLONHA, sexta-feira, 12 de setembro de 2008 (ZENIT.org).- O cardeal Carlo Caffarra, arcebispo de Bolonha, denunciou o «ensurdecedor silêncio da mídia, mais preocupada com os ursos do que com os cristãos», durante a jornada de jejum e oração convocada pelas dioceses italianas em solidariedade com os cristãos perseguidos no estado indiano de Orissa, em 9 de setembro passado.

Em sua homilia na catedral de Bolonha, o cardeal afirmou que «a grandeza do mártir desmascara a pobre nudez do relativismo», e animou os fiéis lá reunidos a «compartilharem, com o jejum e a oração, a mesma paixão dos que são perseguidos pelo nome do Senhor».

O purpurado denunciou o «ensurdecedor silêncio dos meios de comunicação (exceto os católicos) com relação a estas graves violações dos direitos fundamentais da pessoa, o direito à vida e o direito à liberdade religiosa».

«Este 'silêncio ensurdecedor' nos oferece matéria de profundas reflexões», comentou o cardeal Caffarra, e se perguntou depois: «Por que as pessoas se preocupam mais pelo destino dos ursos polares que pelos homens e mulheres culpados apenas por terem escolhido a fé cristã?».

Segundo o arcebispo de Bolonha, este comportamento se deve a que «o martírio incomoda gravemente quem crê que no fundo tudo é negociável, quem nega que exista algo sobre o que não se possa dispor ou que não possa ser comercializado».

«O mártir exalta a dignidade da pessoa, de modo que só pode ser censurado por quem pensa que, no final, o homem é só um fragmento corruptível de um todo impessoal. A grandeza do mártir desmascara a pobre nudez do relativismo.»

O purpurado recordou a vida e os ensinamentos de Jesus, que morreu na cruz para salvar os homens, e explicou que «nossos irmãos e irmãs estão percorrendo o caminho do Senhor».

«Eles são o grão de trigo que, caído na terra indiana, trará muito fruto – prosseguiu. Eles são conscientes de que é melhor, se essa for a vontade de Deus, sofrer fazendo o bem antes que fazendo o mal.»

«Estes irmãos e irmãs perseguidos – concluiu – estão nos oferecendo o maior ensinamento sobre o homem, sobre sua dignidade, sobre sua altíssima vocação.» Por isso, «nada nos perturba, mas adorando só Cristo em nosso coração, estamos sempre dispostos a responder a quem nos peça razões de nossa esperança».

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