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domingo, 10 de agosto de 2008

Esquerda latino-americana se reúne na Bolívia em apoio a Evo

Do portal VERMELHO, A esquerda bem informada (?)
Por Fernando Damasceno (La Paz), 9 de agosto de 2008


Comentário do Cavaleiro do Templo: devidamente "codificado", neste artigo está o que significa para a esquerdopatia nacional as próximas eleições nacionais: O TERCEIRO MANDATO DO LULA, como podem ver no trecho em vermelho logo abaixo. Evidentemente, este é um dos objetivos buscados pelo FORO DE SÃO PAULO e por isto o assunto "eleições no Brasil" aparece neste artigo que tinha aparentemente um único objetivo, como indica o texto do mesmo).

Às vésperas do referendo revogatório que definirá uma nova etapa na luta pelas mudanças na Bolívia, reuniu-se neste sábado (9), em La Paz, o Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo. Entre outros temas e atividades, o encontro serviu para que as forças de esquerda da América Latina se solidarizassem ao presidente Evo Morales e também para denunciar as ações de caráter fascista da direita boliviana.

O Grupo de Trabalho é a instância de coordenação do Foro entre um encontro e outro realizado pela organização. Pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), quem assistiu à reunião foi Ronaldo Carmona, da Comissão de Relações Internacionais do Comitê Central. Estiveram ainda presentes, levando sua solidariedade ao povo boliviano, Valter Pomar, do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Secretaria Executiva do Foro, e representações da Argentina, Cuba, El Salvador, Guatemala, México, Nicarágua, Peru e Uruguai, além da anfitriã Bolívia, que assistiu à reunião representada pelo senador Antonio Peredo, do Movimento ao Socialismo (MAS), e por Inacio Mendoza, Secretário Geral do Partido Comunista Boliviano.

Novas ações imperialistas

O primeiro tema a ser debatido foi a conjuntura política latino-americana. Carmona valorizou a realização do Encontro do GT em La Paz, observando que “esta reunião tem caráter simbólico, pois demonstra a unidade da esquerda latino-americana em apoio ao processo de mudanças vivido na Bolívia”. O representante do PCdoB destacou ainda que os fatos recentes da conjuntura regional confirmam a análise aprovada no XIV Encontro do Foro, realizado em maio, na cidade de Montevidéu, quando se ressaltou a contra-ofensiva da direita como marca principal da reação do imperialismo contra o avanço das forcas progressistas na região.

Para sustentar a análise dessa tendência, Carmona, destacou, dentre outros exemplos, a reintrodução da IV Frota Naval dos Estados Unidos na região, em contraposição direta ao Conselho Sul-Americano de Defesa proposto pelo governo Lula. O representante do PCdoB destacou ainda, ao fazer seu relato sobre a conjuntura brasileira, a importância das eleições municipais de outubro para a definição da correlação de forças no país, tendo em vista a continuidade das forças progressistas à frente do governo brasileiro a partir de 2010.

Apoio a Evo e às forças progressistas do continente

A reunião aprovou uma moção de solidariedade ao povo e ao governo do país, que denuncia o comportamento racista e fascista da direita local, destaca o protagonismo da maioria indígena que compõe a população boliviana na luta pelas mudanças e hipoteca solidariedade ao presidente Evo Morales.


A reunião do GT também discutiu outros pontos, como a solidariedade a Colômbia, o apoio à FMLN nas eleições presidenciais em El Salvador, em marco de 2009, a participação no Fórum Social Mundial de Belém, em janeiro de 2009, e a realização do XV Encontro do Foro de São Paulo, programado para 2009 na Cidade do México.

Houve espaço também para os participantes da reunião aprovarem resoluções em solidariedade a Cuba e pela libertação dos cinco patriotas cubanos presos nos Estados Unidos, uma resolução em solidariedade à luta do povo mexicano contra a privatização da Pemex e outra em repúdio à decisão da União Européia em impor a chamada “diretiva de retorno” contra os milhares de imigrantes que vivem nesse continente.

Os representantes da esquerda latino-americana seguem na capital boliviana por mais alguns dias, acompanhando, como observadores internacionais, o referendo que se realiza
neste domingo.

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