Do blog do REINALDO AZEVEDO
Terça-feira, Junho 03, 2008
Leiam trecho do podcast de Diogo Mainardi. Volto em seguida:
Em minha última coluna, informei que a mulher de Olivério Medina (Angela Maria Slongo), o representante das Farc no Brasil, foi contratada pelo governo Lula. Isso aconteceu em dezembro de 2006, quando o marido dela ainda estava preso em Brasília, à espera do julgamento no STF. Uma reportagem do jornal Gazeta do Povo mostrou que a mulher de Olivério Medina foi cedida pelo governo do Paraná a pedido de Dilma Rousseff. Epa, epa, epa! Pode repetir? Posso sim. Com prazer. De acordo com um documento reproduzido pela Gazeta do Povo, e que pode ser acessado aqui, Dilma Rousseff requisitou pessoalmente ao governador do Paraná a transferência da mulher do preso das Farc. Uma dúvida: a ministra da Casa Civil demonstra esse mesmo interesse por todos os servidores de terceiro escalão?
O deputado Rodrigo Maia pediu esclarecimentos sobre o caso. O senador Arthur Virgílio, por sua vez, encaminhou um requerimento ao Ministério da Pesca. Até agora, o governo Lula só emitiu uma nota sobre o assunto, prometendo me processar. É a escala de valores dessa gente: Olivério Medina - "el Pancho" - solto, e Diogo Mainardi - "o Pança" - condenado. Em sua nota, a assessoria de imprensa do Ministério da Pesca confirmou todos os dados relatados em minha coluna. Negou apenas que pudesse haver um elo entre o governo e as Farc. Eu ficaria muito surpreso se alguém admitisse o contrário.
O Brasil tem 50.000 assassinatos por ano. Isso é o que importa quando se trata das Farc. Ignore a retórica esquerdista. Ignore a mística guerrilheira. Concentre-se no essencial. E o essencial é o tráfico de drogas. O Brasil é um grande mercado consumidor das drogas produzidas nos territórios dominados pelas Farc. O Brasil é também um grande entreposto para o seu comércio internacional. O lulismo tenta passar a idéia de que as Farc dizem respeito apenas à Colômbia. E, marginalmente, à Venezuela e ao Equador. Mentira. O Brasil entra na guerra com sua monumental cota de assassinatos relacionados com o consumo e com o tráfico de drogas, e com todos os crimes que podem ser associados a eles: assaltos, contrabando de armas, jogo ilegal, lavagem de dinheiro. Cada um de nós, indiretamente, já foi assaltado pelas Farc. Cada um de nós conhece alguém que foi assassinado pelas Farc.
Para ouvir e ler íntegra, clique aqui
Comento
Prestem atenção: se Dilma Rousseff tivesse solicitado ao governador Requião a transferência da senhora Medina para ser sua secretária-executiva, eu acharia menos grave do que o vai acima. Quer dizer que a poderosa Dilma, a quase inefável superminstra, só metida com os grandes assuntos da República, esta verdadeira célula-tronco embrionária das utopias do progresso, desce do seu pedestal para solicitar a transferência de uma professora de, sei lá, quarto ou quinto escalão??? Tenho o direito de achar que tem catiripapo no catirifofo, não é mesmo?
Claro, a dona Medina deve ser uma competência ímpar para cuidar da alfabetização de pescadores, especialmente em Brasília, onde nadam tantos bagres em águas sujas.
A coisa é grave, sim. Olivério Medina estava preso pelo estado brasileiro quando a primeira-ministra informal da República decidiu requisitar os serviços especializados de sua mulher. Ele não é só um soldadozinho das Farc. Era e é um dos seus dirigentes. Como lembra Diogo, os terroristas colombianos estão diretamente ligados a 50 mil mortes por ano no Brasil.
Qual será a liga que une toda essa gente? (C. T. - URSAL, União das Repúblicas Socialistas da América Latina, novo nome da América Latina após o FORO DE SÃO PAULO atingir seu objetivo com a cumplicidade dos brasileiros que não sentem mais nada, não se mexem, não se juntam e apenas fazem (quando fazem) reclamar... Como se falar resolvesse...)
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