Do site FUERZA SOLIDARIA com tradução do blog NOTALATINA
Caracas, 1 de dezembro – Faltando poucas horas para a realização de um referendum, que pretende modificar ilegalmente a Constituição, escrevo esta mensagem à comunidade internacional, para advertir que o senhor Hugo Chávez prepara um massacre contra a população civil desarmada. Os fatos são os seguintes:
1. A consulta eleitoral que se realizará amanhã é inconstitucional, porque pretende reformar a fundo o Estado mediante um referendum, e não através de uma Assembléia Nacional Constituinte, como está previsto na Carta Magna vigente.
2. A reforma que o senhor Chávez propõe converte a Venezuela – uma nação livre e democrática – em um país comunista, idêntico a Cuba.
3. Todas as pesquisas outorgam um triunfo arrasador à opção pelo NÃO, o que vale dizer que a imensa maioria dos venezuelanos rechaça a mal chamada reforma.
4. Entretanto, o regime venezuelano pretende impor o triunfo do SIM, mediante uma massiva fraude eleitoral já preparada, para a qual se prestou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Os meios de comunicação estão bem informados a respeito, porém não se atrevem a dizer a verdade por temor de serem reprimidos, como ocorreu com a RCTV. Do mesmo modo ocorre com a maioria dos dirigentes opositores, que foram ameaçados para aceitar o falso resultado eleitoral.
5. Se o povo decidir sair pacificamente às ruas, para defender sua vontade soberana, o Regime pretende reprimi-lo com o uso das armas, para que aceite a sangue e fogo o falso resultado eleitoral. Posteriormente, o Regime justificará o massacre, alegando com mentiras que se tratava de um golpe de Estado, flagrado nos Estados Unidos.
Ontem à noite, por motivo de encerramento da campanha, o próprio Chávez ameaçou empunhar as armas para reprimir o povo e fechar os meios de comunicação, caso não se reconhecesse o triunfo do SIM. Pouco antes, o Alto Comando Militar ameaçou publicamente em reprimir a população.
7. Chávez está disposto a tudo para se manter indefinidamente no poder, impor seu projeto totalitário na Venezuela e controlar sem impedimentos os recursos do Estado, a fim de exportar seu modelo à toda a América Latina e “incendiar” todo o Continente, como denunciou o presidente Uribe.
8. Em que pese as ameaças, é previsível que o povo saia à ruas. Todavia, nem todos os militares se prestarão a cometer delitos de Lesa-Humanidade pelo qual se produzirá uma ruptura dentro das Forças Armadas. Existe um enorme descontentamento militar pela reforma e pela evidente aliança que há entre Chávez e as FARC, bando terrorista e narco-traficante que comete crimes não apenas na Colômbia, mas também na Venezuela.
Escrevo esta mensagem urgente para tratar de evitar uma tragédia, incitando a que se utilizem todos os canais diplomáticos para convencer o regime venezuelano a respeitar a vontade popular.
Aproveito a oportunidade para informar que – para tratar de calar-me – o Regime empreendeu uma massiva campanha de desprestígio contra mim, baseada em calúnias e mentiras, ao mesmo tempo que sou objeto de uma feroz perseguição policial e judicial. Minha vida, assim como a de meus familiares e colaboradores, corre perigo. Entretanto, penso continuar alertando sobre a realidade venezuelana, a fim de impedir a todo custo que se consolide uma ditadura castro-comunista em nosso país.
Alejandro Peña Esclusa
Presidente de Fuerza Solidaria
info@fuerzasolidaria.org
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