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domingo, 2 de dezembro de 2007

Brasil, Chávez e o Mercosul

Do blog NOTALATINA

Num artigo que escrevi semana passada intitulado Chávez e o Mercosul, fiz pesadas críticas ao presidente da Câmara Venezuelana-Brasileira de Comércio e Indústria, sr. José Francisco Marcondes, por su preocupação em que os parlamentares NÃO aprovassem a entrada de Chávez no Mercosul. Hoje, recebo uma matéria do site Unionradio.Net dando conta de que empresários brasileiros pedem ao Congresso que parem os trâmites para a entrada da Venezuela no Mercosul, refletindo a mesma preocupação na denúncia que este blog fez no dia 27 passado, quando Chávez ameaçou a Fedecâmaras de “expropriá-la” caso seus membro continuassem com a campanha pelo “Não”.

Segundo um comunicado da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), assinada por seu presidente Alencar Burti, “Não se pode calar ante a ameaça do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de confiscar empresas afiliadas à Federação de Câmaras e Associações de Produção (FEDECÁMARA) por seu opor à reforma constitucional”. Burti reafirma sua preocupação com essas ameaças na iminência de Chávez ingressar no Mercosul, acrescentando à nota que “causa muitas dúvidas a aceitação de um país cujo dirigente atenta contra aquilo que é a luta do empresariado há mais de 200 anos: a liberdade de empreender” e faz um apelo ao Congresso e ao Governo brasileiros para que “revisem a posição de apoio à Venezuela como membro do Mercosul enquanto perdurem as restrições à liberdade de manifestações e as pressões sobre os que se posicionam contra os interesses do governo desse país”.

Aplausos! Aí está a voz da sensatez e o sr. Burti está repleto de razão, porque Chávez vem ameaçando nacionalizar todas as empresas privadas instaladas no país, sejam elas venezuelanas ou estrangeiras. A ganância em querer manter-se na Venezuela por causa dos petrodólares ainda pode custar muito caro ao empresariado brasileiro, caso sejam aprovadas a reforma constitucional e o ingresso desse país no Mercosul.

Ao lado disso, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim aproveita para fazer proselitismo no México, onde esteve terça-feira passada, afirmando que “a Venezuela é um país irmão, amigo e é aliado do Brasil como é o México e a Colômbia, e com o qual mantemos a melhor relação”.

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