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terça-feira, 27 de novembro de 2007

Desmontando Chávez

Do blog MOVIMENTO ORDEM E VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO

Apesar do discurso antiimperialista do presidente venezuelano, os EEUU são seu principal sócio comercial – e a Espanha é o sexto destino de suas exportações. Os negócios com o “mister-perigo” como chama Chávez a Bush, vão de vento em popa. Já, a redução da pobreza, nem tanto.
“A característica do socialismo do século XXI é o anti-imperialismo, o que implica enfrentar a Bush, como faz o Chávez”. As palavras do ex-presidente venezuelano, José Vicente Rangel, mão direita do caudilho venezuelano, revelam a incongruência de um regime que tem como bandeira a cruzada antiamericana, porém, que enche os bolsos com os dólares americanos.

“A Venezuela é o quinto exportador de óleo cru e cujo pressuposto para 2008, depende uns 50% desta atividade. O país vende 60% de sua produção ao gigante do norte. No entanto, Chávez se diverte com bravatas como aquela que protagonizou em setembro de 2006 na ONU, quando comparou Bush com o demônio, e se dedica a proclamar para todo o continente, “que morra o império”, a economia mais corrupta do mundo.

Ora, petróleo da PDVSA e de sua filial nos EEUU (Citgo), geraram 80% das divisas da Venezuela, e muito provavelmente enche os tanques das limusines em Washington, bem como de carros destacados para combate no Iraque.

Apesar de ter diminuído um pouco o fornecimento de cru para os EEUU, a verdade é o que a Venezuela é o quarto maior fornecedor dos americanos, ficando atrás somente do Canadá, Arábia Saudita e México.

É certo que Chávez está tratando de todas as maneiras de reduzir sua produção para os EEUU, tentando atrair a China com a promessa de destinar-lhes 500.000 milhões de barris diários em 2008, e tem como meta fornecer-lhes 1 milhão de barris diários até 2010. O certo, no entanto, é que à medida que o petróleo venezuelano viaja para mais longe, mais se reduz o benefício, por barril, para Caracas.

A verdade é que o discurso socialista do século XXI se abriga na luta contra a pobreza, justamente o terreno onde se percebe avanços muito abaixo do esperado. 35% dos venezuelanos seguem sobrevivendo com menos de dois dólares por dia, e as previsões de uma inflação de 19% para o ano que vem, não são nada animadoras.

Porém, Chávez segue explorando o incidente com o Rei da Espanha, de forma a tentar tirar as atenções sobre o referendo de 02 de dezembro, que pretende lhe outorgar poderes ilimitados.

Notícias 24 horas – Material do Jornal La Razón.
Vários gráficos ilustram a matéria sobre a venda de petróleo da Venezuela. - Veja aqui.

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