Recentemente encontrei um artigo que re-publiquei na íntegra aqui.
O trecho da entrevista com o padre Paulo Ricardo que segue serve perfeitamente para explicar minhas razões para a criação deste blog, o Cavaleiro do Templo, e de todas as minhas ações no mundo online.
Agradeço a Deus e ao padre Paulo Ricardo. Vamos ao meu "nascer de novo":
"Jornal de Londrina: Em 2005, o sr. passou por uma experiência pessoal muito importante em Londrina. O que aconteceu? E de que forma essa experiência o marcou?
Padre Paulo Ricardo: Há seis anos, eu estava vindo de São Paulo e o avião fazia escala em Londrina, indo para Cuiabá. Aconteceu que o avião atrasou, tivemos que ir para o hotel. Depois voltamos para pegar o avião outra vez. Uns cinco minutos depois da decolagem, houve um estouro na turbina direita. Trinta segundos depois, um novo estouro. Ninguém sabia o que estava acontecendo. O pessoal ficou apavorado. O avião continuava estável, o que se via claramente. Fiquei pensando: vou observar. Se eu notar que vai ocorrer o pior, dou a absolvição coletiva.
Enquanto eu não sabia o que estava acontecendo, fiz meu ato de contrição, pedi a Deus perdão do meu pecado – e esperei. Enquanto esperava, pensei que havia sido prudente inutilmente. Agora eu estaria me apresentando diante de Deus, Deus iria pedir conta do meu ministério, e eu fui prudente a vida inteira, porque queria ser bispo, queria fazer carreira, não queria me “queimar”. Dali para frente aquilo me marcou. Dali para frente eu vi que era um homem morto.
Deus me “disse” assim: “O que eu havia previsto para você eram somente estes anos..., agora você vai morrer, acabou, e você não deu conta do recado. Você escondeu seus talentos”. Dali para frente resolvi me considerar um homem morto. Porque Deus estava me dando uma segunda chance. Eu não poderia mais me colocar numa situação de prudência, pensando no futuro. O bom soldado, quando vai para a guerra, não tem que se preocupar em voltar para casa. Ele tem que se preocupar em sobreviver o maior tempo possível para fazer o maior estrago para o inimigo. O soldado sabe que um dia vai levar um tiro e um dia vai sair de ação.
CT: padre Paulo deixa um recado para padres, pastores, bispos...
Esse foi meu exame de consciência: o sacerdócio é um dom, e um dom não é algo para ser guardado. Dali em diante, eu vi que a minha batina não é um enfeite, ela é uma mortalha. O sacerdote é um homem que deveria ter morrido para o mundo; se ele não morreu para o mundo, o que está fazendo aí? Afinal de contas, a Igreja e o sacerdócio ou servem para o Céu, ou não servem para nada, podem fechar as portas."
E mais esta benção: