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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Votação sobre Instituto Lula na Câmara Municipal de SP termina em confusão

 

ESTADÃO

Militantes dizem que foram agredidos por vereador Roberto Tripoli, que nega a acusação

19 de abril de 2012 | 0h 39

Isadora Peron, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Uma manifestação na Câmara Municipal contra a doação de um terreno pela Prefeitura de São Paulo ao Instituto Lula terminou em confusão na tarde desta quarta-feira, 18.

Dois integrantes do movimento Revoltados ON LINE acusam o líder do governo, Roberto Tripoli (PV), de tê-los agredido fisicamente. Um deles, Maykon Percidio, alega ter levado um "murro na boca". O outro, Marcelo Reis, diz ter sido empurrado. O vereador nega as acusações e diz que tudo não passou de uma discussão acalorada.

"Tá sangrando?", perguntou Tripoli aos jornalistas ao ser questionado se ele realmente havia acertado Percidio. "Houve agressão (verbal) da minha parte e da dele. Nós trocamos palavras aos gritos, mas depois pedimos desculpas um para o outro e nos abraçamos", explicou.

Cerca de dez integrantes de movimentos anticorrupção se reuniram no plenário da Câmara para impedir a votação do projeto do prefeito Gilberto Kassab (PSD) que pretende doar uma área pública de 4,3 mil m² no centro de São Paulo para a construção de um museu batizado de Memorial da Democracia, que abrigaria o acervo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aos gritos, os manifestantes pediram a suspensão da sessão e uma audiência pública para discutir a questão. Eles chegaram a entregar um documento aos vereadores com as explicações de por que eram contra o projeto.

Segundo Carla Zambelli, do movimento NASRUAS, a população da região da Luz, onde fica o terreno, não precisa de um museu, e sim de escolas, hospitais ou de um centro de recuperação para dependentes químicos, devido à proximidade com a cracolândia.

Apesar do protesto, o projeto avançou. Ele foi aprovado nesta quarta-feira, em primeira votação. A proposta ainda precisa ser votada novamente em plenário antes de ir à sanção do Executivo. Antes dessa segunda votação, no entanto, deverá acontecer a audiência pública reivindicada pelos manifestantes.

Assista abaixo ao vídeo do tumulto. Crédito: Obe Fainzilber, do movimento NASRUAS

 

A nova política monetária



Publicado em 19/04/2012 por 
A redução rápida da taxa básica de juros era uma necessidade que se impunha em face do momento vivido pela economia brasileira e tardou a vir. Mas a decisão mais importante tomada pelo governo foi a determinação de redução das taxas de juros de operações de crédito por parte dos bancos públicos, forçando assim a queda da taxa de juros do setor bancário privado. Mais que uma decisão econômica, esta é uma decisão política, que afetará inclusive o relacionamento do PT com os empresários. Na prática, houve uma revisão da Carta ao Povo Brasileiro. É o "verdadeiro" PT praticando sua política.

AJUDE OZIEL



Publicado em 19/04/2012 por 
DOE: http://vaka.me/133424

Site Ajude Oziel (onde tem todas as explicações)
Qualquer dúvida vocês podem tirar lá e também acompanhar o andamento de tudo:
http://www.ajudeoziel.org

Primeiro vídeo do Oziel:
http://www.youtube.com/watch?v=3wFS6RX1mPo

Vídeo do Thiago com Oziel, onde ele explica os maus entendidos:
http://www.youtube.com/watch?v=_6rg6tj0z1Y

Instituto Branemark (responsável pelas cirurgias):
http://www.branemark.org.br/

Site do Rotary Club, responsável por administrar o dinheiro:
http://www.rotary.org.br

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Bienal Socialista de Brasília

 

JUVENTUDE CONSERVADORA DA UNB

quarta-feira, 11 de abril de 2012


Entre os dias 14 e 23 de abril, ocorrerá em Brasília a 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura. A organização é do governo do Distrito Federal, através da Secretaria de Cultura e da Secretaria de Educação. De acordo com o site do evento, a bienal
oferecerá intensa programação cultural desenvolvida para despertar o gosto pela leitura nos 500 mil visitantes, entre crianças, jovens e adultos. Serão 200 livros lançados, 20 filmes exibidos, 10 seminários, 3 exposições de artes visuais, 20 mil cartões para professores, 2 homenagens a escritores, 17 show musicais, 20 apresentações teatrais, 20 contações de histórias, além de recitais e palestras.
Tudo em um espaço de 14.000 m² de área coberta que abrigará ainda 200 estandes. O evento se configura, portanto, como o maior acontecimento cultural de Brasília para 2012.

Ontem, recebi um jornalzinho sobre o evento e, por curiosidade, decidi entrar no site da 1ª BBLL para ver do que se tratava. De fato, será um evento de grande porte, com uma tremenda estrutura e diversas atrações. À primeira vista, é de se admirar que Brasília terá, finalmente, um evento literário de grande porte. No entanto, essa admiração inicial logo se dissipou. Por quê? Reproduzirei alguns trechos de mensagens do site oficial do evento para ilustrar melhor (os grifos em vermelho são por minha conta).

FUNDAMENTALISMO E CONFLITOS POLÍTICOS
O Seminário Krisis, que acontece de 18 a 21 de abril, no Auditório Nelson Rodrigues do Pavilhão da Bienal, trará a Brasília nomes de ponta para o debate de temas como Ideologia, Religião, Meio Ambiente e Economia. O seminário começa com “Fé, fanatismo e conflitos políticos no mundo atual”, tendo como convidados o brasileiro Leonardo Boff e o paquistanês Tariq Ali, com mediação do secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira. Ficará a cargo do teólogo e professor Leonardo Boff uma abordagem mais espiritualizada do tema, enquanto Tariq Ali deverá lançar seu olhar crítico à realidade política internacional.
[...]
Seminário Krisis traz autores importantes para discutir temas como fé, ideologias, meio ambiente e literatura brasileira
Autores de vários continentes estarão reunidos em Brasília, durante a 1ª BIENAL BRASIL DO LIVRO E DA LEITURA, para o Seminário Krisis. Durante quatro dias, eles irão discutir literatura e contemporaneidade, no Auditório Nelson Rodrigues, no pavilhão da Bienal. O seminário reunirá autores, ativistas, filósofos, políticos, para debater sobre temas que vão de fanatismo ao fim das utopias. Em cada mesa, nomes que estão entre os mais destacados de suas áreas no mundo. O Seminário Krisis acontece sempre de 20h às 22h, nos dias 18, 19, 20 e 23 de abril. A entrada é franca.
O programa começa com o debate Religião – Fé, fanatismo e conflitos políticos no mundo atual, contando com a presença do escritor paquistanês Tariq Ali, um ativista ferrenho contra a guerra, crítico da economia de mercado, com mediação do Secretário de Cultura do DF, o escritor Hamilton Pereira. No dia seguinte, 19 de abril, o tema será Meio Ambiente – A idade dos limites: o mundo em busca de uma nova relação com a natureza. Na mesa, grandes nomes como a indiana Vandana Shiva, física e ativista ambiental, o inglês John Gray, um dos pensadores mais originais da atualidade, e o brasileiro Cid Tomanik Pompeu, um especialista no campo das águas.
A noite de sexta-feira terá o debate sobre Ideologias – O fim das utopias e a ditadura do mercado, contando com a participação de John Gray, do filósofo brasileiro Vladimir Safatle, do ex-ministro José Dirceu e mediação do jornalista Paulo Henrique Amorim. No sábado, dia 21, a discussão será sobre Economia: A terra treme: grandes mudanças e perspectivas na economia mundial, com a participação de Luiz Gonzaga Belluzzo e Luís Nassif e mediação do professor David Fleischer, da Universidade de Brasília. E o último encontro, na segunda-feira, dia 23, o debate sobre Literatura Brasileira – A era de ouro e a produção atual vai reunir os autores Silviano Santiago, Mário Prata e Alcione Araújo, com mediação do jornalista e escritor Luiz Fernando Emediato, coordenador literário da I BIENAL BRASIL DO LIVRO E DA LEITURA.
PROGRAMAÇÃO
Quarta, dia 18 – Aud. Nelson Rodrigues
20h – SEMINÁRIO KRISIS – Fé, fanatismo e conflitos políticos no mundo atual – com Tariq Ali (Paquistão). Mediação de Hamilton Pereira
Quinta, dia 19 - Aud. Nelson Rodrigues
20h – SEMINÁRIO KRISIS – Meio Ambiente – A idade dos limites: o mundo em busca de uma nova relação com a natureza – com Vandana Shiva (Índia), John Gray (Inglaterra), Cid Tomanik Pompeu (Brasil)
Sexta, dia 20 - Aud. Nelson Rodrigues
20h – SEMINÁRIO KRISIS – Ideologias – O fim das utopias e a ditadura do mercado – com John Gray, Vladimir Safatle (Brasil). Mediação de Paulo Henrique Amorim
Sábado, dia 21 – na Biblioteca Nacional
20h – SEMINÁRIO KRISIS – Econômica – A terra treme: grandes mudanças e perspectivas na economia mundial. Com Luiz Gonzaga Belluzzo e Luis Nassif
Segunda, dia 23 - Aud. Nelson Rodrigues
20h – SEMINÁRIO KRISIS – Literatura Brasileira – A era de ouro e a produção atual – com os brasileiros Silviano Santiago, Deonísio da Silva, Mário Prata e Alcione Araújo. Mediação de Hamilton Pereira.

Conseguem ver porque eu fiquei decepcionado? Explico: todo o evento tem como objetivo ser um mega encontro de personalidades da esquerda, e não um evento literário sério. Todos, absolutamente todos os convidados são marxistas e possuem algum vínculo com o Partido dos Trabalhadores, que está tanto à frente do governo federal quanto do GDF. Para aqueles que não conhecem alguns desses convidados, farei um breve resumo abaixo.

Tariq Ali é um escritor paquistanês radicado em Londres. Foi o primeiro paquistanês a presidir o diretório dos estudantes da Universidade de Oxford. Era amigo pessoal de Malcolm X, o líder negro islâmico que serviu de inspiração para o grupo terrorista Panteras Negras.

Leonardo Boff era membro da Ordem dos Franciscanos e é o papa brasileiro da Teologia da Libertação -- uma concepção marxista do cristianismo. Considera-se católico, apesar de ser a abortista e entusiasta da narcoguerrilha FARC, e é um dos defensores do ecossocialismo (!).

Luís Nassif é um daqueles clássicos jornalistas chapa-branca que simplesmente não conseguiria sobreviver sem financiamento governamental. Petista desde criancinha, apresenta um programa na emissora estatal TV Brasil e tem um blog. Vive denunciando o PIG (Partido da Imprensa Golpista) mas não fala nada dos JEGs (Jornalistas Empregados do Governo).

Paulo Henrique Amorim, amigão do Nassif, é atualmente jornalista da Rede Record (do Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus) e possui um blog que, como no caso do Nassif, também não conseguiria sobreviver sem um bocadinho de verba pública. Além disso, envolveu-se recentemente em uma polêmica racista com o jornalista Heraldo Pereira.

Vladimir Safatle (mais conhecido como Vladimir Lenin dos trópicos) é um clássico intelectual uspiano, cria da "filósofa" Marilena Chauí. É admirador da Escola de Frankfurt, Lacan, Foucault e outros pensadores pós-modernos (sic).

Vananda Shiva é uma importante ativista ecofeminista (seja lá o que isso for) indiana. Coordenava um grupo de ativismo ambiental feminista na Índia em que as integrantes amarravam-se a árvores para que não fossem derrubadas.

José Dirceu, como todos já conhecem, é aquele famoso "chefe de quadrilha" (nas palavras da Procuradoria Geral da República) do esquema conhecido como mensalão. Curiosamente, esse fato não é citado no site oficial da 1ª BBLL, que informa apenas que "foi deputado estadual constituinte por São Paulo, deputado federal e licenciou-se para assumir o cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, onde permaneceu até junho de 2005, quando deixou o Governo Federal."
Um dos coordenadores do evento é o jornalista Luiz Fernando Emediato. Emediato é amigo de Amaury Ribeiro Jr., que, segundo noticiado pela imprensa, armou um esquema de arapongagem para espionar lideranças do PSDB. Amaury Ribeiro Jr. lançou recentemente o livro "A Privataria Tucana", que foi lançado pela Geração Editorial, cujo dono é Luiz Fernando Emediato. Emediato também é amigo pessoal de Delúbio Soares, que, de acordo com a PGR, era um dos operadores do esquema do mensalão.

Uma das coisas mais asquerosa nisso tudo é que o evento será realizado com dinheiro público. O GDF e o governo federal estão investindo suas verbas -- ou seja, nosso dinheiro que nos foi tirado através de um sem-número de impostos de toda sorte -- para realizar um grande evento para a "cumpanherada". Somos nós que estamos financiando um evento de grande porte cujo objetivo será propalar o fim do capitalismo, a necessidade da revolução, o combate à burguesia, ao patriarcado, ao agronegócio e que tais.
E não são apenas os governos distrital e federal que estão diretamente metidos nessa: a Universidade de Brasília é uma das entidades que está co-patrocinando o evento. Não há dinheiro nem mecanismos eficientes para cobrir o rombo de quase R$ 80 milhões que a atual administração da UnB deixará nos cofres da universidade em 2012, muito menos para realizar as obras de estrutura necessárias para que alunos e professores possam estudar e trabalhar sem o risco imediato de morrer, mas há dinheiro suficiente para se patrocinar um evento claramente ideológico com verbas públicas.

Diante de tudo isso, meu caro leitor, eu lhe pergunto: como é que você se sente? Deixe seu desabafo abaixo, e, se possível, divulgue para todos qual está sendo a origem do dinheiro que nós pagamos ao governo todos os dias.

Como é chato ser MODERNO

 

OLAVO DE CARVALHO

Gustavo Nogy
Facebook, 23 de fevereiro de 2012

NOTÍCIAS DO FRONT: corre em plenário projeto de lei que – por favor, tomem seus assentos – regulamenta a, aspas, profissão de filósofo. O autor da enormidade é o deputado Giovani Cherino (PDT-RS), orgulhosíssimo, imagino, de suas lides parlamentares. Fui conferir o lattes da sumidade. (Tirem as crianças da frente do computador). Graduado em Cooperativismo e pós-graduado em Economia Rural. E, agora, ele é o homem que vai dizer quem é e quem não é filósofo por estas plagas. Sejamos justos: não exatamente ele, mas a nobilíssima Academia Brasileira de Filosofia, que conta entre seus veneráveis membros e demais luminares da ciência com os senhores – agora doutores honoris causa – João Havelange, Michel Temer e Carlos Alberto Torres (para quem não sabe, grande médio-volante no título da seleção brasileira de futebol de 1970, autor de um gol que vale mais, feitas as contas, que a obra de uns e outros doutores por aí; mas isso são histórias outras).

Segundo nos autos consta, a Academia Brasileira de Filosofia “é a representante da filosofia e língua filosófica nacionais”, e parece-lhes evidente – e quem sou eu para discordar – que “(...) o Estado pode e deve agir no sentido de regular o exercício da profissão de filósofo no país, estipulando as condições de habilitação e as exigências legais para o regular exercício da mesma, além de seu âmbito de competência”. Stalin não diria melhor.

Stalin não diria melhor, mas quem o disse foi o senhor João Ricardo Moderno, presidente da dita Academia, na justificativa do projeto. Agora filósofo é profissão, sim senhor! E com carteira de trabalho assinada, décimo terceiro, férias (período em que, imagino, o filósofo deixa de lado a filosofia e justifica certos projetos de lei) e carteirinha da Academia. Quem não tem não é, salvo se mantiver união estável por mais de cinco anos com a musa grega.

Se filosofia é profissão e há filósofos devidamente empregados, inevitável imaginar que, em breve, a depender das flutuações do mercado financeiro internacional, teremos hordas de insuspeitos pensadores à espera do seguro-desemprego ou, o que é pior, fazendo biscates quaisquer. Melhor pensar duas vezes antes de, com a antiga displicência, pedir ao ascensorista: “Terceiro, por favor”. Ele pode ser um genuíno filósofo em temporário desvio de função e, da sua pergunta, leva-lo não ao andar desejado, mas aos mais altos níveis da abstração metafísica. Taxistas, por sua vez, serão sempre suspeitos. Todo taxista é um Heidegger inconfesso.

Mas, guardadas as proporções devidas, a posição estapafúrdia da Loucademia não deixa de ser a conclusão levada aos limites, no que toca à regulamentação (e, em consequência, a tudo o que isso implica) dos estudos de filosofia (e não só). Obviamente, cursos universitários não formam filósofos, mas professores de filosofia. Porém muitas, muitas vezes não é bem isso o que se nota quando um sujeito é entrevistado, ou citado num artigo, ou tem seu nome sob a foto de uma qualquer coluna social. Formou-se em filosofia na USP ou na UNITANTÃ – em princípio, tanto faz – e já se diz, e dizem do fulano: “Filósofo”. E os colegas acham bonito porque, claro, serve pra eles também. Trocam-se socráticos confetes.

Convenhamos: mesmo aqueles que seguiram os protocolares trâmites e fizeram graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado (França, Sorbonne – Paris 2,7/+05/68) e ostentam mais medalhas no peito que veterano de guerra não são, necessariamente, filósofos, no sentido estricto do termo. Idem para os formados em letras que não são escritores. E para aqueles formados em artes plásticas e assim por diante. Espero estar dizendo platitudes.

Pois bem: se cursos universitários não formam filósofos e nem sempre formam sequer bons comentadores de filosofia; se - Deus nos perdoe! -, muitas vezes não formam nem mesmo razoáveis professores de filosofia (está aí o Safatle que não me deixa mentir), por que diabos o título universitário há de ser tão importante assim?

Filósofo não é mais ou predominantemente o individuo que, herdeiro de uma tradição que remonta a Sócrates, Platão e Aristóteles, dedica-se a, sobretudo, educar sua própria alma e ser capaz de nela encontrar alguma ordem para só então estudar certos problemas – os problemas que lhe surgirem como tais, desde o centro mesmo do seu ser e do sentido que lhe cabe (Frankl) –, sob a perspectiva ou à luz da filosofia, mas sim aquele que, desde os cueiros, do bacharelado ao pós-doutorado, reza pela cartilha do grêmio acadêmico?

A própria idéia de produção acadêmica me causa sartreanas náuseas: como é possível que todo ano, centenas, milhares de alunos país (mundo) afora em cursos de filosofia produzamdissertações e teses de extrema relevância? Será possível mesmo fazer isso: produzir conhecimento? Vejamos: o professor Newton Carneiro da Costa meteu-se a investigar umas questões algo abstratas e, sozinho (ainda que um ou outro tenha chegado, de forma independente, a resultados semelhantes, salvo engano), descobriu ou desenvolveu os princípios todos da Lógica Paraconsistente. Ele foi e fez. É um exemplo. Miguel Reale e sua Teoria Tridimensional do Direito, outro. Mas e então? Os outros todos estão aí nas salas produzindo ciência, realizando insondáveis descobertas que muito em breve nós vamos acabar por conhecer? É possível chegar e “Vai lá pro quarto produzir ciência, moleque!”, e o sujeito voltar, três anos depois, todo feliz dizendo: “Produzi um conhecimento aqui, fessor!”.

Essa coisa de que conhecimento é algo a ser produzido, do modo como é colocada, é como chegar no sujeito que inventou a roda e exigir: “Agora, para doutorado, trate de imaginar um outro negócio aí, porque aquele seu colega já descobriu o fogo...”. E tudo isso que, em filosofia ou ciências, já soa absurdo (espero que não só pra mim, mas ao menos para mais uns dois ou três leitores) – que dizer em artes, então? “Olha aqui, Oh seu Picasso: ou você me produz uns quadros para o mês que vem, ou te corto aquela verba da CAPES. Então te vira!”. E assim nasce o cubismo.

Pensando bem: não é de surpreender que uns coitados tenham de inventar cura quântica, terapia à base de toques com os cotovelos de sábios chineses, ou mesmo, por que não?, a regulamentação da, aspas, profissão de filósofo.

Monty Python seria impossível no Brasil: não dá pra fazer nonsense do nonsense.

Espírito Santo, BRASIL: o Estado da Injustiça



Publicado em 19/04/2012 por 

A História do Sr. Maurílio é apenas mais uma entre tantas outras de nosso país, um País que pune quem trabalha, que explora e rouba de muitos para agradar a poucos.
Em memória de Marlene Bortolotti.

Outras Histórias virão.. aguardem o capítulo 2.

Viva Paulo Freire!

 

OLAVO DE CARVALHO

Diário do Comércio, 19 de abril de 2012

Vocês conhecem alguém que tenha sido alfabetizado pelo método Paulo Freire? Alguma dessas raras criaturas, se é que existem, chegou a demonstrar competência em qualquer área de atividade técnica, científica, artística ou humanística? Nem precisam responder. Todo mundo já sabe que, pelo critério de “pelos frutos os conhecereis”, o célebre Paulo Freire é um ilustre desconhecido.

As técnicas que ele inventou foram aplicadas no Brasil, no Chile, na Guiné-Bissau, em Porto Rico e outros lugares. Não produziram nenhuma redução das taxas de analfabetismo em parte alguma.

Produziram, no entanto, um florescimento espetacular de louvores em todos os partidos e movimentos comunistas do mundo. O homem foi celebrado como gênio, santo e profeta.

Isso foi no começo. A passagem das décadas trouxe, a despeito de todos os amortecedores publicitários, corporativos e partidários, o choque de realidade. Eis algumas das conclusões a que chegaram, por experiência, os colaboradores e admiradores do sr. Freire:

“Não há originalidade no que ele diz, é a mesma conversa de sempre. Sua alternativa à perspectiva global é retórica bolorenta. Ele é um teórico político e ideológico, não um educador.” (John Egerton, “Searching for Freire”, Saturday Review of Education, Abril de 1973.)

“Ele deixa questões básicas sem resposta. Não poderia a ‘conscientização’ ser um outro modo de anestesiar e manipular as massas? Que novos controles sociais, fora os simples verbalismos, serão usados para implementar sua política social? Como Freire concilia a sua ideologia humanista e libertadora com a conclusão lógica da sua pedagogia, a violência da mudança revolucionária?” (David M. Fetterman, “Review of The Politics of Education”, American Anthropologist, Março 1986.)

“[No livro de Freire] não chegamos nem perto dos tais oprimidos. Quem são eles? A definição de Freire parece ser ‘qualquer um que não seja um opressor’. Vagueza, redundâncias, tautologias, repetições sem fim provocam o tédio, não a ação.” (Rozanne Knudson, Resenha da Pedagogy of the Oppressed; Library Journal, Abril, 1971.)

“A ‘conscientização’ é um projeto de indivíduos de classe alta dirigido à população de classe baixa. Somada a essa arrogância vem a irritação recorrente com ‘aquelas pessoas’ que teimosamente recusam a salvação tão benevolentemente oferecida: ‘Como podem ser tão cegas?’” (Peter L. Berger, Pyramids of Sacrifice, Basic Books, 1974.)

“Alguns vêem a ‘conscientização’ quase como uma nova religião e Paulo Freire como o seu sumo sacerdote. Outros a vêem como puro vazio e Paulo Freire como o principal saco de vento.” (David Millwood, “Conscientization and What It's All About”, New Internationalist, Junho de 1974.)

“A Pedagogia do Oprimido não ajuda a entender nem as revoluções nem a educação em geral.” (Wayne J. Urban, “Comments on Paulo Freire”, comunicação apresentada à American Educational Studies Associationem Chicago, 23 de Fevereiro de 1972.)

“Sua aparente inabilidade de dar um passo atrás e deixar o estudante vivenciar a intuição crítica nos seus próprios termos reduziu Freire ao papel de um guru ideológico flutuando acima da prática.” (Rolland G. Paulston, “Ways of Seeing Education and Social Change in Latin America”, Latin American Research Review. Vol. 27, No. 3, 1992.)

“Algumas pessoas que trabalharam com Freire estão começando a compreender que os métodos dele tornam possível ser crítico a respeito de tudo, menos desses métodos mesmos.” (Bruce O. Boston, “Paulo Freire”, em Stanley Grabowski, ed., Paulo Freire, Syracuse University Publications in Continuing Education, 1972.)

Outros julgamentos do mesmo teor encontram-se na página de John Ohliger, um dos muitos devotos desiludidos (http://www.bmartin.cc/dissent/documents/Facundo/Ohliger1.html#I).

Não há ali uma única crítica assinada por direitista ou por pessoa alheia às práticas de Freire. Só julgamentos de quem concedeu anos de vida a seguir os ensinamentos da criatura, e viu com seus própios olhos que a pedagogia do oprimido não passava, no fim das contas, de uma opressão da pedagogia.

Não digo isso para criticar a nomeação póstuma desse personagem como “Patrono da Educação Nacional”. Ao contrário: aprovo e aplaudo calorosamente a medida. Ninguém melhor que Paulo Freire pode representar o espírito da educação petista, que deu aos nossos estudantes os últimos lugares nos testes internacionais, tirou nossas universidades da lista das melhores do mundo e reduziu para um tiquinho de nada o número de citações de trabalhos acadêmicos brasileiros em revistas científicas internacionais. Quem poderia ser contra uma decisão tão coerente com as tradições pedagógicas do partido que nos governa? Sugiro até que a cerimônia de homenagem seja presidida pelo ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, aquele que escrevia “cabeçário” em vez de “cabeçalho”, e tenha como mestre de cerimônias o principal teórico do Partido dos Trabalhadores, dr. Emir Sader, que escreve “Getúlio” com LH. A não ser que prefiram chamar logo, para alguma dessas funções, a própria presidenta Dilma Roussef, aquela que não conseguia lembrar o título do livro que tanto a havia impressionado na semana anterior, ou o ex-presidente Lula, que não lia livros porque lhe davam dor de cabeça.

A TRISTE FRAUDE DO PROJETO TAMAR

 

PAPEL SOCIAL

Publicado por .equipe em 10/04/2012 · Comentários desativados
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O Governo Federal pediu o bloqueio de bens do Projeto Tamar e o cancelamento do certificado de filantropia. Motivo: a fundação criada para proteger as tartarugas pagou para que um integrante do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e um advogado fraudassem a concessão do documento que dá à entidade o direito de ser filantrópica. Houve até  falsificação de provas.

Por Lúcio Lambranho*, para a Papel Social.

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As tartarugas voltando para o mar após a desova, salvas do risco de extinção, são a marca registrada do projeto Tamar desde 1980. Mas a imagem positiva de preservação da natureza é bem diferente dos fatos narrados em uma ação produzida pela Advocacia Geral da União (AGU).

O processo, que tramita na Justiça Federal, revela fraudes e irregularidades na concessão do título de entidade de assistência social, o que daria ao Tamar uma isenção milionária de impostos.

No documento, a AGU pede o bloqueio de bens, o cancelamento do certificado de filantropia e a condenação da entidade por improbidade administrativa. A ação tem como base as conversas telefônicas gravadas e documentos apreendidos na Operação Fariseu, investigação iniciada ainda em 2005 por Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal.

A apuração levou à prisão dois consultores contratados pelo Tamar ainda em março de 2008. Agindo nos bastidores do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), o advogado Luiz Vicente Dutra foi flagrado pelas escutas dizendo que estava “com quatro conselheiros do CNAS” e ia “vender as tartarugas”.

O outro contratado pela entidade foi o então suplente de conselheiro do CNAS, Euclides da Silva Machado. Uma das principais provas da acusação é uma carta enviada por ele para o então diretor da Fundação Tamar, Victor Partiri, aonde o conselheiro diz que “o Tamar por si só, não pratica comprovadamente assistência social”.

No mesmo documento, o conselheiro dá a dica de como deveria ser a transformação para conseguir o certificado.

O primeiro ponto foi incluir as visitas dos turistas às bases do projeto no litoral brasileiro como atendimento gratuito para fins de assistência social. Além disso, foi criada uma manobra contábil onde passaram a considerar como gratuidade todas as despesas com mão-de-obra das rendeiras contratadas pela fundação para confecção dos suvenires.

Para os órgãos de fiscalização, a decisão dos conselheiros do CNAS era tão absurda que em menos de um mês a Receita Federal encaminhou um recurso ao Ministério da Previdência Social para pedir o cancelamento do ato.

Nos três anos (2003 a 2005) em que o Tamar pedia para que fossem consideradas suas atividades de assistência social, a entidade faturou mais de R$ 31 milhões com venda de brindes com a marca do projeto. Só este fato, segundo a Receita, já afastava qualquer possibilidade da fundação ser considerada filantrópica, pois a maior parte do dinheiro não foi aplicado em ações sociais.

O CNAS não tinha corpo de auditores para analisar livros contábeis das instituições. Concedia titulações com base no que era apresentado pelas entidades. Além disso, o próprio conselheiro Machado, que deu as dicas para a obtenção do certificado de filantropia, firmou um contrato com o Tamar, contrariando frontalmente o conselho de ética do CNAS. Os documentos mostram que Machado recebeu, por meio de sua empresa,
R$ 29.400 do Tamar.

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ISENÇÃO GENERALIZADA

Com o certificado de assistência social, hospitais, escolas e faculdades privadas obtêm vantagens fiscais que as livram de pagar milhões aos cofres públicos, na forma de tributos.

O principal dos benefícios é isenção total da cota patronal do INSS. De acordo com as investigações do governo e do Ministério Público, somente em 2007 a isenção concedida a sete mil entidades deu um prejuízo aos cofres públicos de R$ 2,1 bilhões.

As fraudes são gigantescas e antigas. A força-tarefa montada para apurar os crimes revisou isenções concedidas desde o final dos anos 90.

A Receita e o INSS dizem que as entidades beneficiadas não têm o direito de requerer o certificado de assistência social, pois não cumprem as 11 obrigações necessárias para a obtenção do registro. A principal delas é a que obriga as instituições a oferecem, pelo menos, 20% de serviços gratuitos nas áreas de educação e assistência social e 60% na área de saúde. Os percentuais são calculados sobre a receita bruta das entidades.

Fraudes ou inclusão de serviços, que não são considerados filantropia para se atingir esses percentuais, são comuns entre os processos investigados, como foi o caso do Tamar.

O projeto ambiental e as supostas entidades de assistência social já tinham sido flagradas pela Receita Federal, que ainda na década passada pediu o cancelamento dos certificados.

As entidades acabaram sendo anistiadas em 2009, graças a polêmica MP 446/2008, apelidada no Congresso Nacional de “MP da Pilantropia”.

A MP acabou sendo devolvida ao Executivo. Por isso, a ação contra a fundação ambiental também demonstra que há uma contradição jurídica no governo federal. Parecer dessa mesma AGU considera que apesar de ter sido rejeitada por deputados e senadores, os efeitos da MP continuam valendo.

AGU preferiu não comentar a decisão de processar o Tamar e ao mesmo tempo garantir anistia para outras entidades investigadas pela Operação Fariseu. Alega que não pode se manifestar, pois o processo está sob segredo de Justiça.

Priscila Wiederkehr, diretora administrativa do Tamar, informou que o projeto não gozou de imunidade e que a Receita Federal negou o pedido de isenção. A entidade não respondeu as questões sobre o processo enviadas pela reportagem, mas protocolou no final de 2010 um pedido para renovar sua certificação.

O advogado Luiz Vicente Dutra, flagrados pelas escutas da PF, disse que “todas as acusações são infundadas e foram obtidas de forma ilegal por meio de escutas”.

A reportagem não conseguiu contato com o ex-conselheiro suplente do CNAS, Euclides Machado, nem com seus advogados.  Em suas alegações no processo, ele diz que nunca escondeu o fato de prestar serviços ao Tamar e que nunca votou nem participou de pareceres para entidades com as quais mantinha contratos. O Código de Ética do CNAS diz que “é vedado prestar serviços de consultoria remunerada nos processo de registro e certificação das entidades de assistência social, concomitantemente com o exercício da função de conselheiro”.

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PILANTROPIA

Baixada a poeira da crise política criada pela devolução da MP, o governo conseguiu aprovar um projeto que afrouxou ainda mais as regras. Trata-se da lei 12.101/2009. No artigo 31, a União decidiu que o direito à isenção das contribuições sociais poderá ser exercido pela entidade a contar da data da publicação da concessão de sua certificação.

Com a nova regra, não existe mais a necessidade de que a entidade peça o benefício em processo administrativos na Receita Federal e até evita que ela entre com ações na Justiça. Ou seja, mesmo sob suspeita, as entidades supostamente filantrópicas ganharam mais um benefício sem que se tenha causado nenhum alarde na imprensa e sem nenhuma implicação política como teve a MP 446/2008.

Acreditando agir acima de qualquer suspeita, o conselheiro Euclides Machado representava uma obra social destinada a ajudar idosos e doentes em Brasília. Outros conselheiros envolvidos nas denúncias também atuavam como representantes de entidades assistenciais e religiosas. Por isso, a ação da PF foi batizada de “Fariseu”, por considerar que os envolvidos agiam como os “antigos indivíduos que aparentam santidade, mas não a têm”.

A inspiração dos policiais federais vem da passagem bíblica: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia”. A denúncia contra a Fundação Pró-Tamar revela o lado até então obscuro de uma entidade considerada como um caso de sucesso de ação ambiental no Brasil, mas que parece ter sido seduzida, assim como muitas outras, pelas facilidades para ludibriar a burocracia federal.

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LEIA AQUI A SEGUNDA PARTE DESSA REPORTAGEM.

* Lúcio Lambranho é jornalista. Foi repórter no Correio Braziliense e no Jornal do Brasil. Recebeu menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog por reportagens sobre trabalho escravo publicadas no site Congresso em Foco. No mesmo portal, foi um dos responsáveis pelas reportagens sobre a farra das passagens aéreas, série jornalística vencedora do Prêmio Embratel de Jornalismo Investigativo e do Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa em 2009.

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Semmelweiss brasileiros

 

GNOSIOLOGIA BRASILEIRA

sábado, 23 de abril de 2011

 

Aos jornalistas, artistas, escritores, filósofos, e pensadores, que em pleno século XXI, são chamados de loucos, charlatães, dentre outras ofensas, retaliações e boicotes, por dividirem seus conhecimentos e impressões.

Max Karl Ernst Ludwig Planck (1858-1947) foi um físico alemão que ficou conhecido como o pai da lei da radiação térmica, estudo base para a tão conhecida "teoria quântica".

Planck chegou a dar aulas particulares gratuitas, existiam muitos críticos que abominavam suas ideias, e portanto esperava que um dia seu trabalho fosse reconhecido. O que aconteceu, levando-o até a reitoria da Universidade de Berlim, e mais tarde, em conseqüência do nascimento da física quântica, recebeu o prêmio Nobel de Física em 1917. E como terminarei o texto com uma citação atribuída a Planck, não poderia deixar de contar a sua história.

Coincidências a parte, se invertermos os dois primeiros nomes do físico, imediatamente lembraremos de outro alemão, filósofo, jornalista cientista político, não reconhecido em vida, mas que após a sua morte, encontrou defensores de que ele teria sido um dos maiores pensadores de todos os tempos, mas a história nos mostrou que esse gênio, teria também fundado a doutrina que mais tarde seria responsável pela morte de no mínimo 120 milhões de pessoas em todo planeta. Porém sua obra continua a ser defendida até hoje, sob a "desculpa" de uma deturpação interpretativa de quem seguiu sua doutrina.

Incrível e não pode deixar de ser lembrado, é o médico húngaro, Dr. Ignacio Felipe Semmelweis (1818-1865), que é dono da história mais absurda no que tange a ignorância total daqueles que bloqueiam suas mentes, por puro medo de terem que jogar seu conhecimento, representado por seus emoldurados diplomas, na lata do lixo.

Nem esta história que conto agora, foi poupada de fraudes, por países doutrinados pela esquerda, como mostra um filme editado em Cuba, em 1956, “La Vida del Dr. Semmelweis”.

Semmelweis era um professor universitário e obstetra do hospital de Dresden, buscava explicações sobre a "febre" ou "febre puerperal", que acometia suas pacientes levando-as a morte. Depois de longa pesquisa, e várias conclusões a respeito, o médico passou a analisar as práticas das "freiras parteiras" que "santificavam" o ato, lavando as mãos com AGUA BENTA antes de fazerem o procedimento. Estava ali o motivo pelo qual os índices de morte em partos feitos por elas, eram menores que no hospital. Seria a comprovação de sua tese de infecção por agentes "invisíveis", e em maio de 1847 Semmelweis passou a lavar as mãos com água clorada, e ainda passou a informar a seus alunos da necessidade desta "nova" prática. Naquele mês, a mortalidade que era de 16% passou para 12,24%, antes do final do ano, havia caído para 3,04%, e no segundo ano para 1,27%, assim superando até mesmo os resultados na clínica das parteiras.

Aconteceu que os doutores do saber da época, na falta de uma explicação ao alcance de suas mentes superiores, ou na falta de "FONTES OFICIAIS”, acabaram por perseguir Semmelweis, que foi expulso da universidade em 20 de Março de 1849.

Semmelweis escreveu um livro, que foi igualmente criticado, e após alguns anos, considerado "louco", foi internado em um manicômio, onde morreu em 1865. Algumas fontes afirmam que morreu pela "febre", outras acreditam que tenha sido espancado.

Viveremos no século XIX até quando? Até quando chamaremos os gênios de loucos, e louvaremos os assassinos como gênios?

Espancar ou internar os gênios, nunca fará com que os desonestos tenham razão.

 

"Uma evidencia científica não se torna aceita porque seus opositores mudam de ideia, mas sim porque esses morrem e surge uma nova geração que se acostuma com a verdade." (Frase atribuída a Max Planck)

TOCQUEVILLE, A BANANEIRA E O C4 PALLAS

 

STATO FERINO

Publicado por Stato Ferino em abril 18, 2012

No Capítulo I de “A Democracia na América”, Alexis de Tocqueville relata os contrastantes aspectos naturais das Américas Saxônica e Ibérica.

Conta-nos o francês que o “ambiente hostil”, “árido” e “difícil” do país dos Founding Fathers teria estimulado a laboriosodade de seu povo, perfazendo uma das causas de sua futura hegemonia econômica, qual servindo de estímulo a sua genialidade institucional democrática.

O Cone-Sul, de sua parte, brindaria o homem com um “não sei que espírito debilitador, que convida a amar o presente como este se encontra, tanto quanto à completa despreocupação para com o futuro.”

No Capítulo II da mesma obra, nosso autor colore o caráter basilar do cidadão norte-americano, fundado na tradição cristã e no ânimo associativo. Nascia, sobre esses dois pilares, a espinha dorsal da América, seu ímpeto comunitário mesmo, donde cada qual entranhava em si o dever irrefragável de tomar partido dos problemas alheios, quer coletivos, familiares ou particulares, sempre no sentido de restabelecer a boa-vida em sociedade. De um tal “solving problems spirit” até a formação da democracia em sua mais perfeita forma e à pujança econômica, foram alguns pequenos passos, consequências naturais do que anteviera.

Daqui, pode-se dizer que além de elegantíssimo escritor, Tocqueville foi também (e certamente) um cientista.  Revelaram-se, pois, certeiras suas previsões. Mais ainda seus diagnósticos.  Afinal, o resto dessa história todos conhecemos mais que bem. Enquanto os americanos, de lá àqui, cimentaram sua hegemonia em todos os campos possíveis e imagináveis, preferimos jazer deitados em nossa tão querida rede, à sombra da bananeira, enquanto passamos a perna em putas e em padres, em fazendeiros e em mendigos, excitadíssimos diante da mais ínfima chance de gozar de qualquer vantagem gratuita que seja – venha ela do Céu, do bolso alheio ou, mais modernamente, do Partido (aliás, nada mais que uma síntese das duas primeiras fontes).

Medularmente latino-americano, o movimento estudantil brasileiro não nega suas matizes sequer por um instante. Entre nós, os partidos políticos acadêmicos da Universidade de São Paulo demonstram com ímpar fidelidade  o quanto até aqui foi dito. Por certo que trazem em seu sangue, talvez até mais visivelmente do que gostariam, o velho DNA do caudilho/sindicalista que, enriquecendo a si mesmo e aos “amicus amicorum” à custa dos pobres, arroga-se o melhor amigo deles.

O resultado disso tudo, entre nós uspianos (e franciscanos, especificamente),  é a iteração incansável daquele mesmíssimo mantra, tão convincente quanto vazio de sentido, tão ambicioso quanto estéril de propostas concretas para a efetiva solução de problemas. Discurso esse que se arrota, é claro, até que o papai ligue avisando que é chegada a hora de abandonar a Sierra Maestra em seu C4 Pallas zero-km – ressalvada, é clara, vindoura mordiscada no “Fundo Partidário”, contraprestação mais que devida aos titulares da carteirinha do Partido, que tantos benefícios já trouxeram a seus pares com suas palavras de amor e com suas notinhas e manifestos de ódio.

Na São Francisco, beira o obsceno o valor que nossos proto-políticos conferem aos sacrossantos discursos,  bem como insulta a própria inteligência humana o descaso a que se permitem quanto à propositura e/ou à tomada de medidas concretas para a solução de problemas os mais gritantes. Alguns exemplos dão cabo de demonstrar tal postura.

Alguns dos últimos grandes empreendimentos e posturas adotados pelo movimento estudantil franciscano foram os seguintes: i) a promoção e manutenção da expedição de um título de “persona non grata” ao reitor da Universidade de São Paulo; ii) a retirada de plaquinhas que davam nome a algumas das salas da Faculdade, homenagens prestadas pelo então diretor (atual reitor) a doadores milionários cujas contribuições viabilizaram a reforma de diversos cômodos da Academia. iii) a masturbação heterônoma prestada a organizações crimin… (ops) “movimentos sociais” vinculados a  quadrilh… (ops) partidos políticos que remetem verbas para as agremiações acadêmicas da Faculdade de Direito. iv) a denúncia obstinada da situação da população de rua do centro da cidade0 – pela qual, digne-se o leitor, as entidades religiosas que  ali distribuem seu sopão fazem mais em uma noite do que nossos pós-púberes e políticos profissionais suas vidas inteiras.

Enquanto isso, algumas situações chamam a atenção no dia-a-dia da Faculdade: i) há três anos (desde que estes autores ingressaram na Academia) os elevadores do Prédio Histórico não funcionam ou, quando muito, mal-funcionam; ii) o regime das disciplinas disponíveis, bem como a formação das cargas horárias necessárias à conclusão do curso encontram-se em estado verdadeiramente caótico e lamentável; iii) o volume de livros depositados (e este é o termo correto) nas bibliotecas departamentais é esmagadoramente maior que aquele disponibilizado para retirada na Circulante – um absurdo que, inexplicavelmente, restringe pesadamente o acesso dos discentes ao material da Faculdade. iv) há professores menos vistos pelas Arcadas que cometas de periodicidade centenária – para não adentrarmos no tema da qualidade de suas aulas, quando hão.

Pois bem. É claro que acerca deste últimos quatro problemas concretos, nada foi feito. Alguns cartazinhos foram apregoados em sinal de indignação face às questões das grades-horárias e da assiduidade dos docentes e… foi só. Postura inerte, contudo, mais que compreensível. Nossos militantes estavam muito ocupados com seus megafones, com a multiplicação da rede de contatos na UNE e na Juventude Petista e (mais importante) com o aumento das probabilidades de nomeação futura para algum Ministério da Pesca ou Secretaria da Cultura que seja.

Afinal, que história é essa de elevadores? De livros? De grade-Horária? De professores? E para quê, esquentar a cabeça se estamos muito bem apenas com a oração diária de nosso já tetárgico ‘Fora Rodas’? Mas e quanto ao futuro? Bem, este a Deus pertence (se é que ainda se permite o uso do vocábulo que a Ele designa).

Infelizmente, qualquer subsunção às palavras de Tocqueville passa muito longe de ser mero acaso. Tentando enveredar para algum lugar que não seja a rede nem a bananeira, nos despedimos de novo – sempre subindo escadas, desprovidos de elevadores, e sempre metendo a sola na rua, menos providos ainda da confortável motorização que se presta ao Movimento.

PADRE DENUNCIA "OS TEÓLOGOS DA CORTE DO PT"

 

BLOG DO ALUIZIO AMORIM

Quarta-feira, Abril 18, 2012

O Padre Paulo Ricardo, que tem se notabilizado pelo conteúdo de seu blog e, sobretudo, pelos programas em vídeo que mantém na internet, voltou à carga contra o PT e denuncia que a Igreja Católica no Brasil está submetida ao que qualifica de "Teólogos da Corte do PT". E ingada onde estão os "padres de passeata", os manifestos e as marchas pela liberdade", chegando a comparar a situação da Igreja atualmente no Brasil com a ação dos clérigos que aderiram ao fascismo e ao nazismo.

Duro na sua crítica em defesa da Igreja Católica, indaga: "Quando foi que a Igreja Católica deixou de ser, no Brasil, a instância profética que questiona? Em que momento ela foi seduzida e tornou-se uma Igreja composta por teólogos da corte -- aqueles que compõe o séquito do novo Príncipe, o Partido dos Trabalhadores? Quando foi que ela deixou de ser defender a fé católica e passou a aceitar e a justificar as atitudes do Príncipe? Para onde foi a Igreja Católica do Brasil?"
Mais adiante, o Padre conclama: "O católico verdadeiro não pode apoiar um governo que não tem ética cristã, que não tem o pudor de promover todo tipo de imoralidade que visa destruir a família, a moral cristã e a herança patrimonial cristã sobre a qual foi construída a nação brasileira. Os teólogos da corte que não temem mais o juízo de Deus, pois deixaram de crer há muito tempo, mas devem temer o julgamento da História, esta sim, irá julgá-las com severidade e, quiçá, condená-los. Afinal, eles buscam retirar do mundo a transcendência."
E arremata: "O único sentimento que o silêncio vil e a covardia produz nos verdadeiros católicos é a vergonha. Vergonha desses teólogos da corte!"

Ágora: obra-prima de propaganda do ateísmo?

 

MÍDIA SEM MÁSCARA

ESCRITO POR LUIZ FERNANDO VAZ | 17 ABRIL 2012
ARTIGOS - CULTURA

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Ágora, dirigido por Alejandro Amenábar, não nega o poder do Deus cristão: se opõe a ele. Requenta o velho mito da guerra entre a fé e a ciência, e está repleto de simbologia pagã e maçônica.

(Este artigo contém spoilers. Se não viu o filme e não quer saber dos detalhes, evite a leitura.)

Segundo o IMDB, “Ágora é um drama histórico fixado no Egito romano sobre um escravo que se volta para a crescente onda do cristianismo na esperança de perseguir a liberdade, enquanto também se apaixona por sua mestra, a famosa filósofa e matemática Hypatia de Alexandria."

Assim o filme contextualiza o espectador no início do filme:

"Ao final do século IV d.C, o lmpério Romano estava à beira do colapso. Alexandria, uma província no Egito ainda conservava parte de seu esplendor. Ostentava uma das sete maravilhas do mundo antigo, o lendário Farol de Alexandria, assim como a maior biblioteca da Terra. A biblioteca, além de símbolo cultural, era um centro religioso, um lugar onde os pagãos veneravam seus deuses ancestrais. A cidade, célebre pelo culto pagão, coexistia agora com a fé judaica e uma religião que proliferava, até recentemente proibida. O Cristianismo."

Ágora é um filme de Alejandro Amenábar, que declarou: "o filme é contra a intolerância e alerta para aqueles que, nos dias de hoje, ainda estão dispostos a matar pelas suas ideias".

Vejamos como as coisas são colocadas na película.

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Logo nas primeiras cenas vemos um debate público entre um dito cristão chamado Ammonius e um pagão. O tal cristão promete fazer um milagre: atravessar um pátio em chamas. Diante da incredulidade do pagão, o dito atravessa incólume sobre as chamas. Logo em seguida, alguns companheiros seus desafiam o pagão a repetir o feito e, diante das dúvidas deste, o arremessam por cima das chamas o deixando ferir-se horrivelmente nelas. O pai de Hypatia assiste a cena chocado. Os tais cristãos então comemoram mais uma alegada prova do poder de Deus e deixam bem claro para o espectador quem são os opressores na historinha.

Adiante.

Em outra cena, também no primeiro ato da película, o escravo da família de Hypatia, Davus, presenciando a revolta do pai que está a punir uma escrava por ser uma odiosa cristã, se oferece para ser punido em seu lugar apesar dos apelos da heroína filósofa.

Outra cena mostra o mesmo escravo (que é apaixonado por sua dona Hypatia) implorar a Deus para que ela rejeite um pedido de amor de um dos seus alunos, o ambicioso Orestes. Para sua surpresa ela rejeita o pedido e Davus interpreta isso como um sinal de Deus para com ele, o que reforça sua fé no cristianismo, mais precisamente nas pregações do obscuro Ammonius, que virá a ser o principal líder da revolta que trará a destruição da biblioteca de Alexandria.

Destaquei essas três cenas do filme porque a minha intenção nesse artigo não é fazer uma contestação histórica dos fatos apresentados, mas sim das maneiras e formas com que a narrativa é conduzida para direcionar o espectador a nortear a sua bússola ética. Nas três cenas é mostrado, claramente, o poder, questionável ou não, da fé cristã, seja nos milagres, no sacrifício ou na fé em Deus propriamente dita nas orações do escravo Davus. E isso é muito importante para este artigo - o filme não nega que o Deus do cristianismo tem poder. Não tem ali 'idéias', como diz Amenábar, mas sim fatos. Explico: os personagens ditos cristãos não demonstram apenas idéias, mas também atitudes.

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Mas esses exemplos acima são bonitinhos perto dos que são apresentados ao longo do filme em sua maior parte. Os ditos cristãos, em especial os liderados pelo pregador Ammonius, são extremamente violentos e vingativos. Depois de serem massacrados pelos pagãos após zombar dos deuses na Ágora, eles mostram uma força descomunal de reação e acabam cercando os pagãos na biblioteca de Alexandria. É importante frisar que, enquanto isso, se dá ali um drama ético de Hypatia que chega a protestar para que seus discípulos não manchem as suas mãos de sangue. Roma intervém e consegue negociar a vida dos filósofos e estudantes, embora concordem que a biblioteca não mais lhes pertence, o que não deixa outra opção a não ser abandoná-la às pressas. Os tais cristãos destroem a famosa biblioteca e tudo que está ali dentro, inclusive os altares dos deuses pagãos.

Temos o cenário. Os cristãos malvados até a medula destroem qualquer vestígio de paganismo e não passam a poupar nem os judeus; Orestes, o ex-aluno torna-se prefeito de Alexandria, e converte-se ao cristianismo. Davus torna-se um bate-pau da gangue de Ammonius, mau como um pica-pau. Hypatia, após anos de exílio e protegida do prefeito apaixonado, retorna para Alexandria.

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Em resumo, os cristãos, apesar das três cenas acima, são retratados como a própria expressão do
totalitarismo em ação, tanto mais porque permeiam a narrativa com a impressão de que estão imbuídos de um verdadeiro poder, o que faz todos temerem a eles, por conta de uma violência absurda e paradoxal. O que é mais ostensivo, no entanto, é a crueldade dos bate-paus de Ammonius e Cirilo, o bispo de Alexandria, que realizam uma verdadeira carnificina de pagãos, judeus e o que vier pela frente. Mas isso não é óbvio à primeira vista, ao menos se você reparar em como essas três cenas destacadas não negam uma certa fé e ética cristãs. Em algum momento o cineasta faz essa separação, deixando com que tudo pareça a expressão de uma mesma insanidade egoísta e sangrenta. Nem quando surge um bispo do deserto, ex-discípulo de Hypatia, temos chance de ver algum equilíbrio no retrato do cristianismo. A ausência de um cristão genuíno que seja nos leva a uma interpretação equivocada de que quem comete tantas crueldades é o Deus mesmo através de Sua Igreja.

Mas o que se trata aqui na verdade é de usurpar a ética cristã a favor de duas entidades: a Ciência e o Estado. A ciência, na personificação em Hypatia, e o estado, personificado em Orestes, o homem ambicioso que se converte ao cristianismo por pura ambição de poder.

Isso fica claro no seguinte diálogo entre Davus, o escravo que tanto conhecimento absorveu de Hypatia, e Ammonius, uma espécie de Che Guevara dos primórdios do cristianismo ( instado a explicar a fé para Davus, o que ele faz? Ensina-o a colocar o pão na mão dos pobres - que simbólico!):

- Já imaginou que estava errado?, disse Davus.

- Por quê?

- Eu fui perdoado, mas agora não posso perdoar.

Davus foi liberto e perdoado pela sua mestra Hypatia mesmo após ter tentado abusar dela. Ele, no entanto, acabou virando um assassino carniceiro. Ora, se isso não é a transferência da moral cristã para a filósofa pagã, eu não sei o que é. Davus se ofereceu como sacrifício e confiou em Deus; mas quem perdoa, quem pede para que não se derrame mais sangue, quem é a personificação da Razão, da luz da humanidade, o próprio Farol de Alexandria - que inclusive jamais aparece aceso - é Hypatia. Me pergunto como Davus se tornou cristão a ponto de oferecer a si próprio para ser punido quando os únicos cristãos que existiam ali em Alexandria eram carniceiros como Ammonius...

Não é à toa que Ágora é um filme que deixa a militância ateísta com água na boca. A Igreja Católica é retratada com algo que mais parece as heresias cátara e albigense, fortemente combatidas por ela; mas isso, porém, não impede que ela tenha a sua ética ROUBADA por uma visão heroificada da Ciência e, pasmem, apresentando ainda, inexplicavelmente, o Estado, personificado em Roma, como o protetor de Hypatia e de seus discípulos. Ora, não será o tal Estado 'laico' de quem tanto falam protegendo a razão e a ciência contra os obscuros fundamentalistas? Difamar a Igreja com simplificações históricas e teológicas ainda vai, mas usurpar as suas qualidades na maior cara-de-pau?

Bem resumiu esse blog: "Because Amenabar has chosen to write and direct a film about the philosopher Hypatia and perpetuate some hoary Enlightenment myths by turning it into a morality tale about science vs fundamentalism.".

(Porque Amenabar escolheu escrever e dirigir um filme sobre a filósofa Hypatia e perpetuar alguns antigos mitos iluministas, transformando-o, para isso, em um conto moral sobre ciência vs fundamentalismo.)

E olha que é a opinião de um auto-declarado agnóstico. É óbvio que Ágora serve bem como peça de propaganda anticristã. Nem todos os ateus tem a perspicácia do blogueiro citado para perceber tantas distorções - umas das quais apresenta Hypatia como uma iluminista, e outras o cristianismo primitivo como um monopólio de loucos carniceiros que faziam milagres. Todos sabem que o ateísmo militante nunca foi muito exigente; sendo contra a Igreja, tá valendo!

Ágora não é um filme ateu. Jamais. O roteiro não nega o poder de Deus, mas sim discorda dele. Se opõe a ele com algo dito mais racional, piedoso, antropocêntrico. Mas não é só isso. O filme é repleto de simbolismos maçônicos, de referências ao deus arquiteto dos pedreiros-livres. O talento do diretor chileno Amenábar destacou em todo o filme o ponto de vista do Sol - símbolo do Conhecimento, do esclarecimento mental e intelectual - em tomadas geniais que reduzem os eventos humanos a acontecimentos com formigas, como se o Sol orbitasse e assistisse a tudo (há, inclusive, uma tomada com formigas de verdade, que faz uma analogia primorosa com aquelas outras do ponto de vista do Sol!). Outra referência muito mais óbvia está na cena- chave da trajetória de Hypatia: quando, após ter descoberto o movimento elíptico dos planetas mil anos antes de Kepler (aqui não segurei a risada, os ateus devem ter ido ao orgasmo com essa prova 'inconteste' de que os cristãos são uns filhas da puta perseguidores da ciência!), ela ajoelha-se extasiada diante do Sol nascente em uma cena repleta de simbolismo (no cartaz não aparece, mas na cena em que ela se ajoelha o sol fica oculto por trás do topo de sua cabeça formando claramente a sombra de uma pirâmide atrás de si).

Hypatia atinge a iluminação ao descobrir o movimento heliocêntrico (engole essa, Vaticano!) e se entrega sem medo aos cristãos obscurantistas para ser arrastada em uma paródia da Via Crucis, xingada e humilhada, despida de suas vestes e, no pior momento do roteiro ("Vamos pegar pedras lá fora"? - risos!), sendo 'salva' pelo seu fiel escravo-escudeiro-da-ciência Davus que a sufoca, sem derramar uma gota do seu sangue precioso. Hypatia é apedrejada como se fosse Maria Madalena (como se se dissesse: "Onde está Jesus agora para salvar essa 'prostituta'?") e a câmera faz um movimento subindo por uma clarabóia em formato de olho até se perder mais uma vez no ponto de vista do Sol que assiste a tudo.

Longe de mim afirmar que os ateus estão sendo feitos de otários por crentes maçons, mas uma coisa é certa: Hypatia, a personificação da ciência, a ciência mesma digamos assim, morre no final. E Ágora parece sacrificar pelo menos três delas: a história, a teologia e a lógica. É o melhor do cinema a serviço da mistificação que não ousa dizer o seu nome e nem onde quer chegar.


Luiz Fernando Vaz
é ator e edita o blog O Anticamarada.

Dr. Adauto Lourenço: uma separação saudável

Dica de leitor, eis o que ele me enviou:

"Prezado Cavaleiro do Templo, meu nome é XXXXXX, sou leitor assíduo do seu blog, alias parabéns pelo seu trabalho (muito obrigado, irmão)!

Gostaria de contribuir indicando algumas palestras do Dr. Adauto Lourenço, que me surpreendeu muito sobre o criacionismo cientifico. Esse é o link de uma delas (http://www.youtube.com/watch?v=_71oUH53Myw&feature=relmfu - ou abaixo). Seria de extrema relevância para o esclarecimento de alguns fatos no mínimo obscuros, sobre o modo de se fazer ciência. Se puder divulgar o assunto em seu blog, tenho certeza que ajudaria e muito a derrubar argumentos bobocas destes ateus imbecis que se julgam extremamente inteligentes e equilibrados, que se baseiam no evolucionismo para achincalhar a fé em um Deus criados.

Espero realmente estar contribuindo de algum modo.

Um grande abraço e que DEUS nos proteja e nos de força.



Enviado por  em 08/10/2011
Biografia:

Adauto J. B. Lourenço recebeu o seu Grau de Bacharelado em Física -- Maio 1990. Minors: Matemática e Ciência da Computação. Tem também mestrado em Física, na área de matéria condensada (interações de energia entre superfícies metálicas e gases), através da Clemson University, Carolina do Sul, EUA, em Dezembro de 1994.Durante os seus estudos de mestrado, o Prof. Lourenço planejou, dirigiu e executou mais de 450 horas de pesquisas no Max Planck Insitut für Strömungsforchung, Alemanha.

Também realizou pesquisa cooperativa com o departamento Submicrom do Oak Ridge National Laboratory (E.U.A.), onde planejou, dirigiu e executou mais de 350 horas de pesquisa na área de nano tecnologia (microscopia de força atômica, STM e AFM) em conjunto com equipe da NASA.O Prof. Lourenço é membro da American Physics Society e da Sigma-Pi-Sigma Society of Physics. Também lecionou por três anos em Física Aplicada na Clemson University (Clemson, EUA), três anos em cursos de Computação Gráfica no Greenville Technical College (Greenville, EUA) e quatro anos na área de Informática Aplicada no Centro Unisal Dom Bosco (Americana, SP).

Atualmente, ele está envolvido com um projeto da FAPESP na pesquisa para avaliação de equipamento anticorrosão, desenvolvendo ensaios para o IPT da USP e DEMa da UFSCar.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

DIVULGUEM PARA TODOS: os crentes segundo os ateus da TROPA DOS LANTERNAS VERDES



Publicado em 18/04/2012 por 
COINCIDÊNCIA OU NÃO, AGORA INSERIRAM NO SITE QUE TUDO É BRINCADEIRINHA. OS PRINTS DA POSTAGEM ORIGINAL ESTÃO AQUI:

http://www.4shared.com/photo/WGfRxHHb/ScreenShot056.html
http://www.4shared.com/photo/qZxy51mk/ScreenShot057.html

Ou aqui para as duas partes:http://www.4shared.com/folder/xVPWumYb/Tropa.html

Ou vejam aí logo abaixo, no rodapé.

FAÇAMOS ESTE MATERIAL CHEGAR ÀS DIVERSAS AUTORIDADES CONSTITUÍDAS DE NOSSO PAÍS.


 

Olhem como está agora, depois que eu vi o que vi, tirei os dois prints aí de cima e fiz o vídeo:


Um novo PT: fiquemos de olho, não vamos cair na mesma conversa outra vez

 

Enviado em 17 de outubro de 2011, às 18h19min

Marina Silva admite criação de um novo partido antes das eleições de 2014

Da Agência Estado, por Marcelo Portela:

A ex-senadora Marina Silva (AC) admitiu hoje (17), em Belo Horizonte, a possibilidade de criação de um novo partido antes das eleições presidenciais de 2014. Ela afirmou que não pretende criar uma legenda "para disputar eleição" em 2012, mas contou que desde que deixou o PV integra um movimento batizado "nova política" que pode convergir para a criação de uma nova legenda.

Após cerimônia de abertura de um evento promovido pela Universidade Federal de Minas Gerais, Marina criticou de forma geral a atuação dos partidos brasileiros, inclusive o PV, pelo qual disputou a Presidência em 2010. Para ela, as atuais legendas estão vazias de propostas e têm apenas projetos eleitorais. "Não se cria partido político por causa de eleição. Se cria partido político quando se tem visão, projeto e alguma argamassa em termos das pessoas que estão em torno desse ideal", salientou.

Segundo a ex-senadora, o movimento ao qual faz parte, batizado "nova política", inclui pessoas que "querem e que não querem" a criação de um partido, assim como personalidades de outras legendas já tarimbadas no meio. E citou a também ex-senadora Heloísa Helena (PSOL), os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Cristovam Buarque (PDT-DF) e o deputado federal Ricardo Trípoli (PSDB-SP).

"Estou nesse movimento. Se isso tiver densidade, estatura, altura e profundidade para se transformar, uma parte do movimento, em um partido, poderá até, no futuro, ser um partido. Eu estou no processo", declarou a ex-senadora, que ressaltou não ter objetivo de fazer um contraponto à disputa entre PT e PSDB. "É para colocar um ponto. E eu espero que seja um ponto final na ideia dessa polarização", disse.

Marina, que saiu das eleições presidenciais de 2010 em terceiro lugar, com cerca de 20 milhões de votos, assumiu também que a nova legenda pode ser criada a tempo da próxima disputa presidencial, mas negou que seja pré-candidata. "Não vou ficar no lugar, a priori, de candidata a presidente da República, não vou ficar na cadeira cativa de candidata. "Se tiver alguém que possa protagonizar melhor que eu esse projeto, pode ter certeza que eu vou ser cabo eleitoral dessa pessoa", concluiu.

Diante das denúncias de recebimento de propina por parte do ministro dos Esportes, Orlando Silva, a ex-senadora defendeu uma postura mais ativa do governo federal, para evitar a adoção de ações apenas depois que os casos vêm à tona. Ela lembrou que outros ministros do atual governo caíram, mas sempre quando "houve uma denúncia da mídia". "O que a imprensa denuncia já está ali no Tribunal de Contas, uma boa parte dessas informações já está no Ministério Público. Tem que ter uma ação de antecipação", avaliou.

Sem citar nenhum caso específico, Marina Silva defendeu a postura da presidente Dilma Rousseff de demitir nomeados do primeiro escalão do governo envolvidos em denúncias de irregularidades, mas afirmou que não acredita em mudanças substanciais pois avalia que há uma "privatização" dos ministérios por parte de partidos da base aliada. "O que nós temos é uma apropriação dos espaços públicos. Muda até o ministro, mas é o partido que vai continuar indicando, como se ele fosse dono daquela fatia do Estado brasileiro. É essa a natureza do problema. Partidos estão privatizando o espaço público", disparou.


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Do site MOVIMENTO MARINA SILVA:


Chegou a hora do novo partido

Durante o periodo da eleição estive defendendo a idéia da criação de um partido novo que fosse o espaço ideal para o debate entre os marineiros de plantão interessados em formar a base política para este país, o bom é que as pessoas tiveram uma aceitação muito positiva.

O movimento Marina é uma nova forma de fazer política no país, busca a sustentabilidade, o aproveitamento do espaço web que provou ser uma grande força de articulação  pelo país a fora.  Por tras de tudo issoexiste um pró, um objetivo político capaz de revolucionar o mundo e a forma de se fazer política, uma coisa feita por brasileiros para o mundo, um política de crescimento e economia de recurso, que atinge o micro e a macrosistema onde cada atitude individual forma uma corrente inquebravel. mas para que este projeto ganhe força é necessario ocupar o poder e isso demanda um partido.

Então pessoal, vamos nos organizar. Já estou em minha cidade procurando articular para funda junto com Marina o Movimento verde, e criar um novo ambiente político, até por que por aqui está precisando muito de uma nova alternativa....Sem se preocupar com a proxima eleição, como disse Marina, a eleição é uma ceta que indica o caminho, mas não é o caminho, é necessario amadurecer o debate.

A natureza agradece!!!!!