Material essencial

sábado, 5 de abril de 2008

O alvo a destruir é a democracia brasileira

Do portal da GAZETA MERCANTIL
3 de Abril de 2008

Cerca de 70 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, grávidos de beligerância, não tiveram paciência para adiar por pouco mais de uma semana a invasão dos 470 hectares da Fazenda Esperança, no conflagrado Pontal do Paranapanema. O crime fora incluído na cerimônia de abertura de outro "abril vermelho" - o quarto mês do ano foi reduzido, desde 1996, a um período de 30 dias durante os quais o direito de propriedade deixa de existir em todo o País. Consumou-se na manhã de 21 de março, sem resistência dos proprietários legais. "Nada melhor que uma Sexta-Feira Santa para decretar a morte do latifúndio e a libertação dos trabalhadores sem-terra", informou Sérgio Pantaleão, coronel do MST na região.

A subversão do calendário gregoriano não tem nada de surpreendente. Primeiro, porque não se deve esperar que trate a folhinha com bons modos gente que vive rasgando a Constituição (o artigo 5º inclui o direito à propriedade entre as chamadas "cláusulas pétreas", como o direito à vida) e atropela códigos legais com a brutalidade que merecem instrumentos do capitalismo selvagem. Segundo, porque o exemplo veio de cima há quatro anos. Em 2004, a primeira-dama Marisa Letícia foi autorizada pelo maridão a promover em julho, na Granja do Torto, uma festa junina em louvor de Santo Antônio.

Tampouco deve causar espanto a geléia retórica que mistura menções a dias santos com o jargão usado por quem também acha que a religião é o ópio do povo. Como Deus é brasileiro, não convém a nenhum compatriota – sobretudo se comunista – proclamar-se ateu. Só o arquiteto Oscar Niemeyer faz uma coisa dessas na Nação em que restaram apenas socialistas. Insatisfeitos com a indigência da fantasia usada por comunistas que não ousam dizer seu nome, os camaradas do MST resolveram acrescentar-lhe truques que aprenderam na missa das 10. E deram de fingir que são católicos.

"Sou cristão", mentiu há cinco anos, no meio de uma entrevista, o chefão João Pedro Stédile, ajoelhado desde criancinha no altar de Joseph Stalin. Nem foi preciso pedir-lhe que recitasse a primeira parte da ave-maria. "Acredito em reencarnação", tropeçou já na frase seguinte. Fez uma pausa e completou a brusca conversão ao espiritismo: "Não só acredito como quero viver outra vida rapidinho".

Como não crê nas leis da Igreja, Stédile peca sem perder o sono. Como despreza as leis da burguesia, delinqüe com a naturalidade de mafioso de cinema. Os bons companheiros que mantém no governo saberão socorrê-lo caso seja surpreendido por improváveis ventos contrários. Não há motivos, portanto, para temer promotores públicos ou juízes.

Por ter articulado a depredação de um laboratório e um canteiro de mudas da Aracruz Celulose no Rio Grande do Sul, Stédile foi enquadrado pelo Ministério Público, há um ano, nos crimes de dano qualificado, furto qualificado, formação de quadrilha, seqüestro, cárcere privado e lavagem de dinheiro. Continua em liberdade. E, compreensivelmente, cada vez mais atrevido.

Há dias, saiu sorrindo da aula magna em que explicou, numa universidade do Rio, que o paraíso concebido por Marx e Lenin continua bem de saúde - e espera ansiosamente, nos escombros do Muro de Berlim, a chegada de arqueólogos decididos como a companheirada do MST. E sorrindo continuou ao receber cópia da decisão judicial que, atendendo à solicitação da Vale, proíbe o MST e Stédile de "incitar e de promover a prática de atos violentos contra o patrimônio da mineradora". A empresa foi vítima de oito ataques, alguns dos quais configuram ações nitidamente terroristas.

"Esta é uma medida desesperada de quem sabe que está em dívida com o povo brasileiro", discursou Stédile ao ler o despacho da juíza Patrícia Rodriguez, da 41ª Vara Cível do Rio de Janeiro. "Não são medidas da época da repressão, como esses falsos mecanismos policiais, que vão parar o MST. Pelo contrário, agora é que nós vamos ficar com mais raiva. Vamos multiplicar as invasões neste abril vermelho".

Exaustos da omissão de governadores e autoridades policiais, que se recusam a cumprir decisões judiciais, proprietários rurais começam a ceder a perigosas tentações. "Para resolver o problema, só a bala", exaspera-se o fazendeiro e advogado Rodrigo Leite, dono de 500 alqueires e 1.100 cabeças de gado no Pontal do Paranapanema. "Ações de reintegração de posse não adiantam. Elas nunca são cumpridas".

O governo federal finge ignorar que fazendeiros e empresas são, na visão do MST, os alvos da vez. O inimigo a liquidar, para a turma de Stédile, é a democracia. Para defendê-la, Lula e sua gente precisam começar a cumprir a lei. Antes disso, alguém talvez deva explicar-lhes que a polícia, o sistema penitenciário e os tribunais não foram inventados por ditaduras. Existem também nos regimes democráticos, que devem utilizar tais instrumentos para garantir a ordem e a justiça. Stedile, como todo fora-da-lei, deveria estar numa prisão há muito tempo.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 8)
(Augusto Nunes - Diretor Editorial - Grupo CBME-mail: augusto@jb.com.br)

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Mozarildo denuncia a imoralidade e o atentado à soberania do País

Do blog MOVIMENTO ORDEM E VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO
Quarta-feira, 2 de Abril de 2008

DISCURSO DO SENADOR MOZARILDO CAVALCANTI (PTB/RR) SOBRE UM DOS MAIS GRAVES PROBLEMAS CRIADOS DELIBERADAMENTE PELO (DES)GOVERNO LULA, PROBLEMA ESTE SERVE À REVOLUÇÃO COMUNISTA QUE VISA IMPLANTAR NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE "AQUILO QUE FOI PERDIDO NO LESTE EUROPEU (FORO DE SÃO PAULO)". Leia aqui.

Sr. Presidente, volto à tribuna, para novamente denunciar a imoralidade e o atentado às pessoas em Roraima e à soberania de nosso País.

O que aconteceu na questão da reserva indígena Raposa Serra do Sol foi, primeiro, uma irresponsabilidade do Presidente Lula com o povo de Roraima, com as comunidades indígenas daquela região e com o País. Hoje, o que há em Roraima, nessa reserva indígena Raposa Serra do Sol? - Leia o discurso completo do Senador AQUI.

MOZARILDO QUER RESPEITO A AGRICULTORES DA ÁREA RAPOSA DO SOL

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) pediu respeito às 468 famílias de agricultores que estão sendo forçados a deixar suas terras na reserva indígena Raposa-Serra do Sol, em Roraima. Para o parlamentar, por ter "exagerado" na área demarcada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "foi irresponsável com o povo de Roraima, com as comunidades indígenas da região e com o país".

- O assunto infelizmente foi destratado ou desqualificado pelo presidente Lula, obedecendo ao núcleo duro comunistóide socialista estatizante que domina o Incra, oIbama, e a Funai - disse o senador, referindo-se ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e à Fundação Nacional do Índio (Funai).

Mozarildo lamentou que as reservas indígenas ocupem mais de 50% do território do estado, sendo concentradas na divisa com Venezuela e Guiana. O senador observou que a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, com o voto do Brasil, uma declaração de direitos indígenas que dá a eles autonomia sobre seus territórios.

- Essa terra não será nossa no futuro – vaticinou.

O senador denunciou a prisão "de maneira truculenta" do prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero, pelo delegado da Polícia Federal Fernando Romeiro, durante protesto no qual foi bloqueada uma estrada. O senador leu em Plenário relato que atribuiu ao deputado federal Márcio Junqueira (DEM-RR), no qual este confirma a truculência da detenção, sob alegação de desacato a autoridade.

- Quero pedir respeito às pessoas que estão lá. Eles estão sendo retirados de maneira compulsória do lugar que escolheram para viver - afirmou o parlamentar, comparando esse ato com os cometidos na Alemanha nazista.

Em aparte, o senador Jefferson Péres (PDT-AM) - que participou da comissão do Senado que tratou das reservas indígenas, em particular da área Raposa-Serra do Sol, presidida por Mozarildo - disse que o governo federal cometeu um grave erro ao demarcar uma área contínua próxima à fronteira para cinco etnias já aculturadas. Para Jefferson Péres, ali deveriam existir cinco reservas separadas.

José Paulo Tupynambá / Agência Senado - (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado

DEPUTADO CRITICA ATUAÇÃO DA PF EM RORAÍMA

Em companhia do líder dos arrozeiros, Paulo César Quartiero, o deputado federal Márcio Junqueira (DEM-RR) fez hoje (1º) duras críticas à movimentação dos agentes da Polícia Federal no sentido de promover a retirada dos produtores da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

"A atuação da Polícia Federal é desastrosa em relação à maneira como lida com as pessoas não só com os arrozeiros, pois existem famílias que estão lá há séculos, crianças e mulheres", disse Junqueira em entrevista à Agência Brasil.

Segundo o deputado, um documento assinado por toda a bancada federal de Roraima será encaminhado ao ministro da Justiça, Tarso Genro, para solicitar ao governo aguardar que a questão seja decidida no mérito pelo Supremo Tribunal Federal. "Ainda existem ações pendentes. O Supremo até hoje só se posicionou liminarmente. É uma situação complexa que demanda necessidade de discussão no pleno", argumentou.

Para Junqueira, a forças políticas estaduais vão deixar de lado diferenças partidárias para defender o direito dos roraimenses que produzem na terra indígena. "Os roraimenses estão armados de ideais, sonhos e convicções, enquanto a Polícia Federal está armada de metralhadora, fuzil e granada", comparou.

Na semana passada, o parlamentar foi alvo de uma recomendação da Procuradoria Geral da República para que não produzisse filmagens dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Junqueira disse ter recebido o comunicado com surpresa e se nega a cumpri-lo.

"Levo minha assessoria para resguardar minha integridade física, já que alguns agentes da Polícia Federal não respeitam a nossa condição de parlamentar", justificou o deputado, que alegou ter sido chamado de "boiola" pelo delegado da PF Romero Fernando Teixeira.

Durante toda a tarde de ontem (1º) a reportagem tentou contato com Teixeira, responsável pelas ações da operação em curso, mas não houve retorno para os recados deixados na Superintendência da PF em Boa Vista. - Agência Brasil

FUNAI ORDENA: Arrozeiros podem ser retirados à força

Do blog MOVIMENTO ORDEM E VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO
Por Gaúcho/Gabriela em quinta-feira, 3 de abril de 2008

A operação para a retirada dos arrozeiros e agricultores não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, poderá ser realizada com o uso de força pela Polícia Federal (PF) e pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

GOVERNO VAI ENFRENTAR ARROZEIROS EM RR

Negociação para retirada de fazendeiros da Raposa Serra do Sol é encerrada

O governo federal encerrou as negociações com os arrozeiros em Roraima e anunciou ontem que usará os "métodos necessários" para retirar os fazendeiros da Reserva Raposa Serra do Sol, semana que vem, quando se iniciará a Operação Upatakon 3, da Polícia Federal.

O produtor de arroz Paulo César Quartiero disse que só sairá da reserva com ordem da Justiça, aumentando a tensão, devido à ameaça de um conflito cada vez mais iminente. Os atos de Quartiero, que incita índios e moradores a resistir, têm irritado autoridades, que voltaram a falar em pedir sua prisão. Em Brasília, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse que não há mais canal de comunicação com Quartiero:

- Foram esgotadas todas as possibilidades de negociação, todas as instâncias tentadas. Chegamos ao limite.

Sob o comando de Quartiero, índios e parte dos moradores da Vila Surumu continuam bloqueando as pontes de acesso à reserva. A cabeceira de uma delas foi dinamitada. A Sociedade dos Índios em defesa de Roraima (Sodiur), que representa parte dos indígenas contrários à demarcação, anunciou a chegada de mais 300 manifestantes para fortalecer a resistência.

Quartiero voltou a desafiar a Polícia Federal:

- A Polícia não tem qualificação e age com parcialidade, já que recebe ordens do Ministério Público Federal e Advocacia Geral da União, além de sofrer influências de entidades como o Conselho Indígena de Roraima. Por Evandro Éboli e Ana Marques* - (*) Especial para O GLOBO

COMENTÁRIO: PARA "OS INIMIGOS", A LEI

A questão principal é que estão tentando expulsar brasileiros de suas terras, e eles estão defendendo seu direito de viver e trabalhar legalmente em terras herdadas de seus avós há dezenas de anos. Expulsar os moradores de suas terras porque não são índios é NAZISMO. É bem a cara do PT fascista e de sua odiosa discriminação racial.

Roraima é uma mina de preciosidades – entre outras, ouro, diamantes e urânio. LULA criou a reserva Raposa-Serra do Sol, em 2005. Na época, muitos dos próprios índios se rebelaram, pegaram em armas e fizeram policiais federais como reféns, EXIGINDO o cancelamento do decreto que criava a tal reserva. Ora, se até muitos dos índios eram contra, deveria haver outros interesses por trás da criação da reserva.

O arrozeiro Paulo César Quartiero foi preso do início da semana, acusado de desacato à autoridade, e de tentar organizar grupos de resistência. Em Brasília, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, garantiu que o governo não vai recuar da decisão de retirar os não-índios, e afirmou que “é chegado o momento de se cumprir a lei”.

Vejam como são as coisas. Por que não vão cumprir a lei contra os vagabundos desocupados do MST? O José Rainha, por exemplo, é um condenado da justiça por vários crimes, e continua atazanando o Pontal de Paranapanema impunemente. O Stédile, líder do MST, é outro terrorista que debocha da justiça, depreda, incendeia e inferniza a vida do campo e das empresas. Para esses bandidos, Lula não só fecha os olhos como também repassa verbas milionárias da União. Um bando alimentado com o dinheiro do contribuinte, e com missão exclusiva de afrontar o direito à propriedade e a democracia.

Lula persegue os que trabalham e privilegia a delinqüência vagabunda e ordinária.

Cuba vai ceder terras a produtores privados ou mais um país SOCIOPATISTA admite que o sistema é uma falácia total

Do portal BBC Brasil
Atualizado às: 03 de abril, 2008 - 00h07 GMT (21h07 Brasília)

Resumo: O governo de Cuba anunciou que vai ceder terras estatais ociosas a cooperativas e produtores privados, em uma medida destinada a impulsionar a produção de alimentos, café e fumo.

Serão lotes de cinco hectares, entregues para usufruto gratuito. Os beneficiados não vão precisar pagar nada pela terra, mas também não poderão vendê-la nem deixá-la como herança para seus descendentes.

Segundo estimativas oficiais, metade de toda a terra agricultável da ilha está ociosa. A cada ano, Cuba gasta cerca de US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 2,7 bilhões) na importação de alimentos.

Esta é a última de uma série de reformas introduzidas pelo novo presidente, Raúl Castro, desde que assumiu o poder, no final de fevereiro.

Expectativa

Nas últimas semanas, o governo já anunciou a permissão para que cubanos se hospedem em hotéis antes destinados exclusivamente a estrangeiros.

Também permitiu que a população tenha acesso irrestrito a telefones celulares, eletrodomésticos, DVDs e computadores.

Segundo o correspondente da BBC Mundo em Havana, Fernando Ravsberg, o novo anúncio do governo gerou grande expectativa no setor agropecuário.

O correspondente da BBC Michael Voss observa que esta é a medida mais significativa tomada por Raúl Castro, por ser "a primeira que estabelece a necessidade de um certo grau de iniciativa privada para tornar o sistema mais eficiente".

Comentário do Cavaleiro do Templo: os chineses já estão bem mais adiantados em sua implementação do capitalismo e do mercado. Depois que a múmia do Fidel largou o osso, seu irmão assumiu a existência da DINASTIA CASTRO (sai um, entra no lugar um familiar próximo) em Cuba e vem fazendo o mesmo que a China. Portanto, qual a prova histórica de que um regime socialista-escravocrata funciona se TODOS, sem exceção, largaram a idéia de lado e aderiram às regras dos países onde "reina" a economia de mercado? Qual o argumento que os sociopatas vão utilizar agora? Respondam esta, se puderem!!!

Engenharia da confusão

Do portal OLAVO DE CARVALHO
Por OLAVO DE CARVALHO, 14 de março de 2008

O psicólogo russo Ivan Pavlov ( 1849 - 1936 ) demonstrou que a estimulação contraditória é a maneira mais rápida e eficiente de quebrar as defesas psicológicas de um indivíduo (ou de um punhado deles), reduzindo-o a um estado de credulidade devota no qual ele aceitará como naturais e certos os comandos mais absurdos, as opiniões mais incongruentes.

Isso funciona de maneira quase infalível, mesmo que os estímulos sejam de ordem puramente cognitiva e sem grande alarde emocional (frases contraditórias ditas numa seqüência camuflada, de modo a criar uma confusão subconsciente). Mas é claro que funciona muito mais se o sujeito for submetido ao impacto de emoções contraditórias fortes o bastante para criar rapidamente um estado de desconforto psicológico intolerável. Esse mesmo desconforto serve de camuflagem, pois a vítima não tem tempo de averiguar que a contradição vem da fonte, e não do seu próprio interior, de modo que ao estado de aflição vêm somar-se a culpa e a vergonha. A reação automática que se segue é a busca desesperada de um novo padrão de equilíbrio, isto é, de um sentimento mais abrangente que pareça comportar em si, numa síntese dialética, as duas emoções inicialmente vivenciadas como contraditórias, e que ao mesmo tempo possa aliviar o sentimento de vergonha que o indivíduo sente perante a fonte estimuladora, que a esta altura ele toma como seu observador crítico e seu juiz.

Se o leitor examinar com certa atenção o discurso esquerdista, verá que ele procura inspirar no público, ao mesmo tempo, o medo e a compaixão. Esta dupla de sentimentos não é contraditória em si, quando cada um deles se coloca num plano distinto, como acontece na tragédia grega, onde os espectadores sentem compaixão pelo herói e medo da engrenagem cósmica que o oprime. Mas, se o objeto de temor e de compaixão é o mesmo, você simplesmente não sabe como reagir e entra num estado de “dissonância cognitiva” (termo do psicólogo Leon Festinger), a um passo da atonia mental que predispõe à subserviência passiva.

Digo medo e compaixão, mas nunca de trata de emoções simples e unívocas, e sim de duas tramas emocionais complexas que prendem a vítima ao mesmo tempo, tornando-a incapaz de expressar verbalmente a situação e sufocando-a numa atmosfera turva de confusão e impotência.

Na política revolucionária, a estimulação contraditória toma a forma de ataques terroristas destinados a intimidar a população, acompanhados, simultaneamente, de intensas campanhas de sensibilização que mostram os sofrimentos dos revolucionários e da população pobre que eles nominalmente representam. As destruições de fazendas pelo MST são um exemplo nítido: a classe atacada fica paralisada entre dois blocos de sentimentos contraditórios – de um lado, o medo, a raiva, o impulso de reagir, de fugir ou de buscar proteção; de outro, a compaixão extorquida, a culpa, o impulso de pedir perdão ao agressor.

Não é coincidência que a primeira descrição científica desse mecanismo tenha sido obra de um eminente psicólogo russo: o emprego da estimulação contraditória já era uma tradição no movimento revolucionário quando Ivan Pavlov começou a investigar o assunto justamente nos anos em que se preparava a Revolução Russa. Seus estudos foram imediatamente absorvidos pela liderança comunista, que passou a utilizá-los para elevar a manipulação revolucionária da psique às alturas de uma técnica de engenharia social muito precisa e eficiente, capacitada para operações de grande porte com notável controle de resultados.

Nas últimas quatro décadas, com a passagem do movimento revolucionário da antiga estrutura hierárquica para a organização flexível em “redes” informais com imenso suporte financeiro, o uso da estimulação contraditória deixou de ser uma exclusividade dos partidos comunistas e se disseminou por toda sorte de organizações auxiliares – ONGs, empresas de mídia, organismos internacionais, entidades culturais -- cuja índole revolucionária não é declarada ex professo , o que torna o rastreamento da estratrégia unificada por trás de tudo um problema muito complexo, transcendendo o horizonte de consciência das lideranças empresariais e políticas usuais e requerendo o concurso de estudiosos especializados. Em geral, os liberais e conservadores estão formidavelmente desaparelhados para enfrentar a situação: esforçam-se para conquistar o público mediante argumentos lógicos em favor da democracia e da economia de mercado, quando o verdadeiro campo de batalha está situado muito abaixo disso, numa zona obscura de paixões irracionais administradas pelo adversário com todos os requintes da racionalidade e da ciência.

Em artigos vindouros ilustrarei o emprego da estimulação contraditória por vários “movimentos sociais”: feminista, gayzista, abortista, ateísta, ecológico, etc.

Mentiras concisas

Do portal OLAVO DE CARVALHO
Por Olavo de Carvalho, 23 de novembro de 2002

Comentário do Cavaleiro do Templo: atentem para este nome em toda a mídia nacional, guardem este nome como se fosse o nome da sua esposa ou esposo ou namorada(o). KENNETH MAXWELL. É um dos abestalhados que a nossa mídia trata como se fosse um deus. Leiam abaixo porque, sempre que forem ler algo publicado no Brasil veja se foi escrito por este sujeito e se for esqueça o que ele falar lá.

Num ensaio recém-publicado na New York Review of Books, o historiador Kenneth Maxwell, citado pela mídia brasileira como autoridade confiável, dá um exemplo da capacidade que só um intelectual de esquerda pode ter para comprimir mentiras no espaço exíguo de um parágrafo, quase que à base de uma por sentença. Comentando as advertências de Constantine C. Menges quanto aos riscos que o governo Lula pode trazer para a segurança continental, diz ele:

"Quanto à acusação sobre armas nucleares, é claramente absurda. Tanto a Argentina como o Brasil, ao retornar à democracia, fecharam os seus programas nucleares e assinaram um tratado internacional fazendo da América Latina uma zona desnuclearizada. Quanto ao Foro São Paulo, que seria uma coordenação de terroristas, guerrilheiros e partidos comunistas, nem os mais bem informados especialistas com quem conversei no Brasil jamais ouviram falar dele. Lula participou da última reunião do Foro, em Havana, provável razão de ter entrado na lista de inimigos dos cubano-americanos no Congresso... Verificando a origem da campanha anti-Lula, descobri que começa com Lyndon LaRouche (...) que, em 1995, escreveu..."

Examinemos ponto por ponto.

1. É verdade que o Brasil desistiu do seu programa atômico e assinou um tratado contra armas nucleares na América Latina. Mas, ao usar esse fato como argumento tranqüilizante, Maxwell omite a informação complementar de que foi justamente esse o programa que Lula ameaçou retomar e esse o tratado que ele publicamente disse repelir. Como essa informação constituía o núcleo mesmo da denúncia a que o historiador professava responder, a omissão não pode ter sido um lapso inocente. Foi ocultação proposital.

2. Após esse começo brilhante, Maxwell, no esforço de abafar a repercussão das denúncias sobre o Foro de São Paulo, insinua que até a existência da entidade é duvidosa, porque dela "nem os mais bem informados especialistas jamais ouviram falar". Ora, em qualquer curso de História a primeira coisa que um estudante aprende é jamais depender de fontes secundárias -- a palavra dos "especialistas" -- quando tem à disposição fontes primárias, isto é, documentos originais e testemunhos. Maxwell decerto cabulou essa aula, porque foi dar ouvidos a sabichões em vez de examinar o site do próprio Foro na internet, as atas dos dez congressos da organização ou a extensa cobertura dada aos eventos pelo jornal oficial cubano Granma, que ninguém acusará de caluniador imperialista.

3. Mas, tendo assim deixado no ar a sugestão da irrealidade fantasmal do Foro de São Paulo, o historiador, com a maior cara de inocência, admite logo em seguida que Lula, em carne e osso, participou do último congresso da imaterial instituição, em dezembro de 2001. Daí devemos concluir, ou que Lula teve o privilégio de cruzar por instantes o umbral da supra-realidade, ou que os especialistas informadíssimos consultados por Maxwell são ignorantes confessos, ou que eles mentiram para ele, ou que ele mentiu para a New York Review of Books. Deixo a primeira hipótese aos devotos dos dons sobrenaturais do presidente eleito e confesso que não sei escolher entre as três restantes, todas igualmente lindas.

4. Dizer que Lula participou "da última" reunião é, obviamente, dar a impressão, tão falsa como a anterior, de que esse foi o único e evanescente contato dele com a entidade. Aqui, novamente, as fontes primárias encarregam-se de desfazer o embuste: o próprio Foro, no site mencionado acima, confessa que Lula foi seu idealizador e fundador, junto com Fidel Castro, tendo presidido várias de suas reuniões. A informação é confirmada pelo Granma de 2 de julho de 1994.

5. Seria "provável", então, ou ao menos possível, que a simples participação de Lula na reunião de dezembro de 2001 tivesse desencadeado contra ele a revolta dos exilados cubanos de Miami? Estes, no caso, apareceriam como uns sujeitos levianos que se irritam por pouca coisa. Mas em 24 setembro de 1997 o Latin America News Syndicate já distribuía aos jornais de Miami a história completa das origens do Foro, também já publicada no Granma: quando aconteceu o encontro citado, quatro anos depois, todos os cubanos de fora e de dentro de Cuba já sabiam que Lula não era o participante ocasional de uma reunião tardia, e sim um pioneiro e veterano de muitos encontros. Maxwell apenas torce a cronologia das notícias para lançar uma suspeita difamatória contra toda uma comunidade.

6. Por fim, tentando desmoralizar as denúncias quanto à participação de Lula no Foro, Maxwell as atribui a um tipo tão pouco confiável quanto ele próprio, o líder de extrema-direita Lyndon La Rouche. Ele diz que "verificou e descobriu" essa origem comprometedora. Mas ele não verificou nada, não descobriu nada. Ele chuta, ele blefa. Em agosto de 1994, muito antes do artigo de La Rouche, o jornal Letras em Marcha, de ampla circulação entre oficiais militares brasileiros, já dava todo um panorama do Foro de São Paulo, com fotos e documentos, denunciando com veemência o papel do sr. Luís Inácio da Silva no "programa de luta" que associava partidos legais e organizações criminosas. La Rouche, que é um embrulhão da estirpe de Maxwell, apenas com signo ideológico inverso, limitou-se a tomar carona na denúncia, amoldando-a à sua fantasiosa "filosofia da história".

Metade da performance de Kenneth Maxwell nesse parágrafo já bastaria para arruinar a reputação de um historiador, se fosse conservador ou apolítico. Mas a intelectualidade de esquerda goza do especial privilégio de adquirir tanto mais autoridade moral e científica quanto mais diligentemente trapaceia em favor da "causa".

A história do mundo para crianças

Do portal OLAVO DE CARVALHO
Por Olavo de Carvalho, 31 de março de 2008

Por aqui até crianças sabem aquilo que os cientistas políticos, comentaristas de mídia, analistas estratégicos brasileiros estão longe de poder sequer imaginar: que a verdadeira disputa política nos EUA não é propriamente entre republicanos e democratas, mas entre globalistas e americanistas, e que nada, absolutamente nada do que se passa no mundo de hoje – sobretudo nas áreas mais diretamente submetidas à influência americana – pode ser compreendido se não for enfocado nessa perspectiva.

Quando digo crianças, não é força de expressão. Kyle Williams é um garoto homeschooled que estreou no jornalismo aos doze anos de idade, em 2001, e manteve uma coluna regular no WorldNetDaily até 2005. Seus primeiros artigos foram reunidos no livro Seen and Heard ( http://shop.wnd.com/store/item .asp?ITEM_ID=1127 ), onde as estrelas intelectuais da ESG, da USP e da Folha de S. Paulo poderiam colher muitas lições úteis, se tivessem maturidade para isso.

Certamente Williams não é a única fonte para o estudo do assunto. Só na minha biblioteca já reuni uns cem títulos a respeito, dentre os milhares que circulam nos EUA. Recomendo o livro do garoto para não sobrecarregar os cérebros dos nossos formadores de opinião com alimento mais maduro.

Em 2001, Williams já havia compreendido perfeitamente que, para a elite globalista, empenhada na construção ultra-rápida de um governo mundial segundo as linhas aprovadas oficialmente pela ONU, o único obstáculo considerável era a soberania americana. Daí que não apenas subsidiassem generosamente movimentos anti-americanos por toda parte, mas, internamente, investissem pesado no "multiculturalismo" destinado a dissolver o próprio senso de identidade nacional.

Passados sete anos (três desde que Williams abandonou o jornalismo, talvez por achar-se velho demais para essas coisas), as propostas jurídico-administrativas mais atrevidas destinadas a quebrar a espinha do poder nacional americano – a dissolução das fronteiras com o México e o Canadá, a submissão do governo americano ao Tribunal Penal Internacional e o Tratado da Lei do Mar – ainda encontram resistência obstinada, mas os progressos na guerra cultural são notáveis, tanto no exterior quanto na esfera doméstica, onde o simples surgimento da candidatura Barack Obama prova que o anti-americanismo explícito já tem alguma força eleitoral.

A ascensão da esquerda na América Latina teria sido impossível sem o apoio dos círculos globalistas. As relações entre o Diálogo Interamericano e o Foro de São Paulo datam pelo menos de 1993. A ligação próxima da elite "progressista" americana com a narcoguerrilha colombiana ficou mais que provada com as visitas de importantes dirigentes da Bolsa de Valores de Nova York aos comandantes das Farc (v. Por trás da subversão). E não podemos esquecer que a ocultação da existência do Foro de São Paulo, favorecendo o crescimento dessa entidade longe dos olhos da opinião pública, recebeu um potente impulso legitimador da parte do próprio CFR, Council on Foreign Relations, o mais importante think thank globalista dos EUA (v. Mentiras concisas e Alencastro, o sábio da Veja).

Desde o fim da era Reagan, uma política comercial um tanto mais agressiva da parte dos EUA veio junto com a quase total abdicação da "diplomacia pública" e de qualquer tentativa séria de rebater as violentas campanhas anti-americanas por toda parte. Essa estranha combinação de ousadia comercial e timidez diplomática é a fórmula infalível para despertar o ódio a um país. Trinta anos atrás, os princípios e valores americanos tinham alguma presença no debate político-cultural em todo o mundo. Desde então, só o que se vê é o interesse comercial nu e cru, adornado de sorrisos lisonjeiros que só servem para alimentar suspeita. Entre os conservadores americanos, é forte a convicção de que o Departamento de Estado vem há décadas trabalhando contra os EUA e em favor da elite globalista.

No Brasil, ignora-se tudo, literalmente tudo a respeito desse conflito que tanto os globalistas quanto seus adversários sabem ser o capítulo mais decisivo da disputa de poder no mundo. Nas colunas de jornal, nas conferências da ESG e em círculos de discussões militares na internet, só o que encontro é um enfoque atrasado de mais de quarenta anos, no qual tudo o que venha dos EUA é interpretado como expressão direta e inequívoca do "interesse nacional" americano em luta para dominar a América Latina. Isso é de uma estupidez quase inimaginável, mas não resta a menor dúvida de que muitos que a cultivam não padecem dela pessoalmente, apenas a incutem, por esperteza, na mente dos outros.

Mal orientado por um fluxo de informações planejado precisamente para isso, o patriotismo das nossas Forças Armadas pode ser, de um momento para outro, transformado em instrumento do anti-americanismo continental e acabar servindo ao globalismo no instante mesmo em que imagina combatê-lo. Submetidas durante duas décadas a uma brutal campanha de desmoralização e ao progressivo desmantelamento dos seus recursos, as nossas Forças Armadas arriscam ser levadas àquele ponto de desespero no qual uma oferta de compromisso, vinda de seus mais empedernidos algozes e legitimada por pretextos aparentemente patrióticos, pode aparecer como uma tábua de salvação.

O duplo tratamento pavloviano dado pela elite comunista aos militares – de um lado, a difamação incessante, o aviltamento, a cusparada; de outro, a aproximação sedutora e capciosa sob as desculpas de "reconciliação" e "defesa da Amazônia" – foi calculado precisamente para chegar a esse resultado. E está chegando.

Talvez não esteja longe o dia em que nossos oficiais se sintam honrados de integrar o "exército anti-imperialista" de Hugo Chávez, sem saber que, voltando o seu ódio contra os EUA, ajudam a derrubar a única barreira efetiva que se opõe às mesmas ambições globalistas contra as quais acreditarão piamente estar levantando a bandeira da soberania pátria.

Se um engano tão descomunal parece grotesco demais para poder transmutar-se em realidade, algumas amostras do atual pensamento militar brasileiro que circulam pela internet tendem a mostrar, ao contrário, que isso já está acontecendo. Parece mesmo que não há limites para a autodegradação compulsiva que se tornou, de uns anos para cá, o modo brasileiro de ser.

Ironicamente, a política mais recente do Departamento de Estado para com a América Latina concorre ativamente para levar a esse resultado. Proclamando mentirosamente a lealdade do governo brasileiro à velha aliança com os EUA e recusando-se a reconhecer a parceria de Lula com as Farc e Hugo Chávez no quadro do Foro de São Paulo, a administração Bush só reforça a credibilidade de uma das mentiras mais astutas já concebidas pela esquerda brasileira para aliciar os nossos militares: a lenda de que Lula "aderiu ao capitalismo" e está agora trabalhando para os americanos. A perspectiva atemorizante da fragmentação real e virtualmente oficial do nosso território – uma parcela para o MST, outra para as comunidades indígenas, outra para os "quilombolas", outra para os narcotraficantes, etc. --, que inspira tanto horror entre os nossos militares patriotas, surge assim como se fosse uma iniciativa do nacionalismo americano e não de seus verdadeiros autores, o conluio de globalistas e esquerdistas. O próprio ressentimento dos militares contra os sucessivos governos esquerdistas que tudo fizeram para desmantelar as Forças Armadas é assim voltado contra os EUA e transmutado em arma a serviço da "revolução bolivariana" no continente. Sem dúvida a esquerda nacional aprendeu alguma coisa com a máxima de Ronald Reagan: "Você pode conseguir tudo o que quiser, desde que não faça questão de levar o mérito."

Na verdade, a insistência psicótica do Departamento de Estado em tratar o governo Lula como se fosse um parceiro confiável e um baluarte de resistência à onda comuno-chavista, ignorando reiteradas ações e palavras do próprio Lula que mostram que ele não é nada disso, explica-se simplesmente pelo desejo de camuflar o fracasso descomunal da política latino-americana do governo Bush. Ninguém no Departamento de Estado ignora o compromisso inflexível de Lula com o Foro de São Paulo, isto é, com Hugo Chávez e o terrorismo. Mas reconhecer isso em voz alta, principalmente num ano eleitoral, é mais do que se poderia esperar, seja do presidente americano, seja da sra. Condoleezza Rice.

Neste aniversário do movimento cívico-militar de 1964, não há assunto mais digno da atenção das nossas Forças Armadas.

Bile kholé - A cólera de quem produz bílis no coração

Do blog MOVIMENTO ORDEM E VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO
Por Gabriela/Gaúcho, quarta-feira, 2 de Abril de 2008

Quem observar bem está fisionomia do Lula, não poderá discordar que é o retrato da paisagem do nosso país de hoje, espelhado nessa figura de horror. É certo que o espírito de qualquer revolução compõe-se pelo estigma do ódio aos que servem de obstáculo. E, nós, que somos sarados de caráter, somos o rochedo pontudo que incomoda o dente desse demônio aloprado.

A fisionomia do Lula expressa a “larva" de uma gente que por ignorância inflexível aceitou o germe do ódio, hoje espalhado por todo canto. Uma pirâmide invertida com todo o lixo moral e cultural a serviço inclusive de todas as doenças primitivas.

Ora, a natureza de todas as doenças começa na grande mente coletiva, e o Lula inspira os piores cuidados à saúde do povo e a do país. As multidões são acessíveis à influência dos sentimentos mais baixos, tanto, que as pesquisas nos mostram que quanto mais canalha e podre é a mente de certos homens, mais o triunfo das larvas lhe concede o " trono" dessa pirâmide invertida.

Um pó vermelho e baciadas de larvas, o delírio dos menores, as explosões do calórico latente das malditas palavras que levam ao nada. Até as nossas reações mais equilibradas para com essa gente ordinária são apenas outra forma de desordem. É a natureza do núcleo que esparrama as doenças, e faz enfear até mesmo a paisagem que um dia foi linda. Olhem bem para esse mapa do rosto de Lula, é a cara do Brasil de hoje! DENGUE!

Pais e Mães, Prestem Atenção!

Do portal FAROL DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
Klauber Cristofen Pires, Fundador e Representante do FDR para a Região Amazônica

A todo pai e mãe que tenha preocupação com a educação de seus filhos, e até mesmo a qualquer pessoa com um mínimo juízo na cabeça, peço que leia este artigo com atenção. O que passarão a ler a seguir foi uma breve compilação de erros que eu encontrei no livro didático que minha filha, cursando atualmente o 2º ano (3ª série, pela nova nomenclatura) usa em sua escola.

Para quem se embalava na crença que a decadência do ensino brasileiro acomete apenas o ensino público, o alarme, que já passou de amarelo a vermelho há muito tempo, salienta o fato de ter sido um livro comprado, e de ter sido ser utilizado em escola particular.

Trata-se da obra Construindo e Aprendendo – Ciências – Editora Construir - 2º Ano/3ª série, o qual, não se sabe se a despeito ou mérito por seguir as mais novas recomendações do Ministério da Educação, assim faz propaganda no alto de sua capa.

Foi num domingo em que me pus a avaliar a matéria conjuntamente com a minha filha, visando a prepará-la para uma prova que teria na segunda-feira seguinte, que me deparei com os erros que estão aqui arrolados. Num só capítulo – nos outros ainda não passei os olhos de forma judiciosa - encontrei-me com casos flagrantes de informações falsas, textos truncados, semanticamente pobres e gramaticalmente errados.

Logo no começo do capítulo 1, o livro dá a seguinte definição de Universo: "Universo é tudo o que existe, é bem mais do que possamos imaginar". Certamente que o vocábulo Universo possui diversas acepções, sendo até mesmo largamente usado na Matemática para designar um determinado conjunto que defina uma totalidade qualquer. Entretanto, o objeto de estudo que trata o capítulo em comento é o Cosmo, pelo que seria mais recomendável que os autores adotassem um conceito astronomicamente estrito. Isto estaria mais em consonância com as perguntas que as próprias crianças, já dotadas de um senso lógico intuitivo, têm feito acerca do conceito acima formulado, como foi o caso de minha filha: "-papai, uma casa, um prédio, também fazem parte do Universo?" Ao que eu respondi que não, propriamente, pois estariam enquadrados no conjunto das obras humanas, não correspondendo aos fenômenos naturais.

Dois parágrafos longos terão sido necessários apenas para criticar uma frase tão curta e infeliz. Desta vez, sob o aspecto gramatical, há uma flagrante falta da conjunção aditiva "e" entre as orações, que "suponho", sejam coordenadas. Não bastasse, a segunda oração "..., é bem mais do que possamos imaginar" é gramaticalmente falha e semanticamente nula, pois lhe falta o objeto direto (bem mais... o quê?), para lhe prover algum sentido, isto sem dizer que não adiciona nada ao ensino.

Logo adiante, para explicar como o Universo surgiu – o livro em momento algum informa que se trata de uma teoria, tratando o caso como fato comprovado. Ainda, não informa que esta teoria se chama BIG BANG ("Grande Explosão").

Nos exercícios (Ver pág. 8, exercício 2, letra D), uma frase para ser completada associa a formação dos corpos celestes à movimentação das partículas originadas pelo BIG BANG, o que é falso, pois a "grande explosão" teria sido responsável pela dispersão, não pela aglomeração dos corpos. A aglomeração dos corpos teria ocorrido por atração gravitacional e esfriamento das partículas.

Segue o livro adiante para afirmar que todos os astros giram em torno do Sol. Tomando ao pé da letra, a criança terá a impressão, por exemplo, que a Lua gira originariamente em torno do sol, pari passu com a Terra, o que não é verdade, já que apenas gira ao redor do Sol pelo fato de ser arrastada pelo nosso orbe, ao realizar ao seu redor (e não ao redor do Sol) seu movimento de translação.

Um pouco mais, e descobre-se um flagrante de informação falsa: Não são Netuno e Vênus que possuem rotação invertida em relação aos demais planetas, como informa o exemplar do livro, mas Urano e Vênus!

Ao explicar sobre as estações do Ano – O livro faz uma referência cuja matéria referida encontra-se assaz distante – Começa, na página 17, após o título que lhe encabeça a matéria, pasmem, com a expressão "Devido a esta inclinação...". O problema é que a inclinação (da Terra) a que ele se refere, está na página 15, antes de outro texto, também intitulado, que por sua vez explica o movimento de rotação da Terra, à página 16. Dá para notar aqui a operação recorta-e-cola mal feita, sobre a qual os revisores dormiram.

Ainda sobre as estações do ano terrestre, o livro não explica o efeito da translação, que por ser elíptica resulta em diferentes distâncias da Terra ao Sol, informação esta que é de suprema importância para compreendermos as diferenças de temperatura e de intensidade da incidência solar sobre a Terra no decorrer da translação.

Quase no fim do capítulo, o livro utiliza uma frase totalmente desconexa de sentido: "Em cada estação do ano, a vida na Terra se comporta de uma maneira diferente, tanto a humana como a animal.". Ora, também a vida vegetal se comporta de maneira diferente, só pra começar. Aliás, também a não-vida, já que o clima também muda, independentemente de nele haver vida ou não. O que aqui se salienta é a extrema pobreza de uma frase que poderia ter sido mais feliz se introduzisse corretamente o que pretendia dizer e não disse. Colocada a esmo no texto, totalmente desarticulada, parece um espantalho no meio do Saara.

Chegamos ao fim. Para brindar o leitor, os autores lançam uma pérola, ao afirmar que o município de São Joaquim, famoso nos livros escolares brasileiros por ser um dos poucos locais em nosso território onde ocorre a neve, situa-se no estado do Rio Grande do Sul (Para quem não sabe, fica em Santa Catarina).

O principal propósito de ter aqui feito esta denúncia é, de minha parte, conclamar os pais, mães e responsáveis para que acompanhem mais de perto o desenvolvimento de seus filhos na escola. Não há outra solução para o sucesso dos seus filhos do que chegarem do trabalho e junto a eles investirem algumas horas, bem como assim também nos fins de semana, para colocar a matéria deles em dia.

Também não há outra solução para por fim a esta indústria editorial vagabunda e mal-intencionada, justamente por ser tão vagabunda. Sinceramente, eu pensei em processar a editora, levar ao conhecimento do Ministério Público, do Procon ou sei lá quantos órgãos. No fim, um vai acabar empurrando pra outro, e não vai dar em nada. Eu simplesmente não acredito nestas coisas. Eu acredito numa coisa que é mais difícil, mas apenas na aparência: que outros cidadãos brasileiros tomem a atitude de vigiar seus filhos e não os confiarem cegamente àqueles que hoje assim se denominam educadores. Quando nós tivermos acordado uma fatia representativa de pais e mães na população, será o momento destas porcarias começarem a desaparecer do nosso cenário estudantil.

Pessoalmente, eu credito a falência do ensino brasileiro especialmente a dois fenômenos: o primeiro deles se chama livro didático. Por causa desta desgraçada invenção, professores se idiotizam na indolência, já que o livro-mestre traz, com todo o conforto, uma versão gabaritada, e os alunos bitolam-se na verdade suprema de um folhetim sofrivelmente mal redigido, já que é feito para ser descartado, por vir com os exercícios em suas próprias páginas. Pesquisa que é bom, nada!

Se outra causa me arriscaria a apontar, seriam as licitações públicas. Com o Estado brasileiro dominando aproximadamente 40% de nossa economia, via tributação, o grande carro chefe das editoras têm sido o de confeccionar livros baratos o bastante para vencerem licitações, em detrimento da qualidade. Como razoável experiência nesta área, já tenho visto o quanto a indústria da licitação pública (e também dos concursos públicos) tem prosperado, fabricando produtos (não só livros, mas também canetas, papéis, cadernos, e outros itens de escritório) de qualidade péssima, com o único fim de vencer as concorrências.

O filósofo Olavo de Carvalho não se cansa de denunciar a falência de nosso ensino, e acusa – com razão – nossas crianças por serem as mais burras do mundo! Isto pela recorrência com que, nas diferentes olimpíadas e torneios escolares, consagram-se teimosamente na lanterna entre as demais nações.

De acordo com o professor Olavo de Carvalho, e com a minha expressa concordância, nada disso tem a ver com salários baixos de professores, ou com falta de recursos materiais, como computadores, por exemplo, tal como tem sido moda afirmar - que é a primeira coisa que os intelectuais de carteirinha apontam. Já conversei com pessoas de países muito mais pobres que o Brasil, e muitas delas demonstravam conhecimentos que tenho julgado bem superiores aos de um cidadão médio brasileiro, sendo que muitas vezes dominavam uma ou mais línguas estrangeiras com razoável fluência.

Na verdade, o nosso ensino está assim porque há muito vem trilhando a senda da preguiça, da falta de disciplina, da falta de pesquisa, da mentalidade centralista, segundo a qual os professores alinham-se voluntaria ou compulsoriamente a linhas traçadas por órgãos estatais, tais como o Ministério da Educação, e de uma torpe alcatéia de ideólogos políticos de linha marxista, que desejam usar nossas crianças como seus cavalos de batalha.

Portanto, pais, mães e responsáveis, abram o olho!

Manhã memorável e de muita emoção

Ernesto Caruso, 31/03/2008

Manhã de sol. Luzes da ribalta, raios fulgurantes iluminando neste dia o chão do Palácio Duque de Caxias - PDC, sítio histórico, cenário real colorido por fardas, barretinas, penachos, botões dourados, quepes, capacetes, trajando soldados; canhões, montarias vistosas e bem cuidadas, fuzis e sabres, espadas vergastando o imaginário e afrontando a ameaça, personagens-heróis que por lá pisaram, vencendo o tempo, deram seu sangue, arriscaram as suas vidas e carreiras por amor à Pátria que juraram defender. Garbo sempre presente. Altivez nos semblantes.

No topo do pedestal o abstrato da liberdade e o concreto da vida afugentando os seus algozes.

Vitória da Democracia.

Desenharam o Estado e o mantiveram indivisível, selaram a República, comprometeram-se com a paz mundial nas grandes guerras e ditaram a Revolução de 1964 neste chão, palco da comemoração dos 44 anos do evento que é lembrado com saudade pelo povo brasileiro.

Assim, o Comando Militar do Leste e o Departamento de Ensino e Pesquisa, com sedes no PDC, comemoraram o evento com brilhantismo.

De início houve uma formatura no pátio com o canto do Hino Nacional, com a presença de civis, militares da reserva e expressivo contingente fardado, particularmente dos conscritos, que se renovam a cada ano e precisam compreender a verdade dos fatos, massacrados pelas distorções maciças da imprensa comprometida:

O Marechal Levy Cardoso, herói da FEB, presença nos campos de batalha na 2ª Guerra Mundial, e sempre presente nas grandes efemérides, mesmo sob o peso da idade e com dificuldade de locomoção. Um exemplo:

O Gen Ex Paulo César de Castro, Chefe do DEP discorre sobre o momento e relembra os fatos que motivaram a contra-revolução:

Ambiente carregado de emoção, dignificando-se entre outros a insigne figura do Gen Emílio G. Médici que era o Cmt da AMAN, onde se deu o ponto de encontro e união das forças do Rio e de São Paulo, pela ação daquele que viria a ser um dos mais conceituados e admirados Presidentes.

Palavras do Gen Ex Luiz Cesário da Silveira Filho, Comandante Militar do Leste, ressaltando que o compromisso das Forças Armadas é com a Pátria e em respeito à Constituição:

Generais recém promovidos receberam as insígnias na significativa evocação:

Como destaque e perpetuidade foram inauguradas duas placas no 6º andar do prédio principal, uma designando o local como Saguão 31 de Março e a outra com o compromisso do Gen Ex Walter Pires, Ministro do Exército, preocupado com o futuro e com o irmão de arma que não pode ser abandonado no campo de batalha:

“Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se oporem a agitadores e terroristas de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia.”

A palestra de Heitor de Paola encerrou a manhã, relatando a sua experiência vivida na militância comunista:

Auditório repleto, além de outros dois que retransmitiram a palestra por meio de telão:

Não tem um FIM.

A pregação marxista-leninista prossegue, a reação não pode ser menor.

Falam de paz, mas cerram os punhos e ameaçam: Socialismo ou morte.

Em Guarda-alta é o mínimo que se pode ficar.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

G. K. Chesterton

"Quando os homens param de acreditar em Deus, não é que não acreditem em mais nada – eles passam a acreditar em tudo."

O fim de um petista americano

Do portal do OLAVO DE CARVALHO
Por Olavo de Carvalho, 18 de março de 2008

O pessoal aí no Brasil não está entendendo direito o que aconteceu com o ex-governador de Nova York Eliot Spitzer. O sujeito parece vítima de perseguição moralista, mas não é nada disso.

Primeiro, prostituição em Nova York não é crime nenhum. Crime – crime federal – é levar prostitutas de um Estado para fazer michê em outro. Isso é assim precisamente por causa da diferença entre as leis dos vários Estados, um restinho de federalismo que tem de ser respeitado, principalmente – ora bolas! – se você é governador de um dos Estados envolvidos.

Segundo: Spitzer fez carreira no moralismo acusatório com tons anticapitalistas no mais puro estilo PT. Sua atuação lembra muito a de José Dirceu e Aloysio Mercadante nas célebres CPIs do começo da década de 90, cortando a esmo cabeças de culpados e inocentes e subindo aos píncaros da glória sobre montanhas de reputações destruídas.

Não tem cabimento ficar com dó de um malicioso que se afoga no seu próprio veneno.

O tipo de retórica de Spitzer é de sucesso muito fácil porque as mesmas multidões que se elevaram a um padrão de vida decente graças ao capitalismo ignoram como o sistema funciona, e guardam sempre um fundo de inveja rancorosa baseado na crença de que a riqueza de uns é obtida à custa do empobrecimento de outros.

Ironicamente, essa crença é verdadeira no que diz respeito a todos os demais sistemas econômicos que já existiram no mundo – a comunidade agrária, o escravismo, o feudalismo e o socialismo. A diferença específica do capitalismo – e a única razão do seu sucesso – é que ele funciona precisamente ao contrário desses sistemas. É impossível um sujeito enriquecer por meio de investimento capitalista (mesmo puramente financeiro) sem espalhar riqueza pela sociedade em torno, mesmo que não queira fazê-lo. O capitalismo é em seu mecanismo mais íntimo um efeito multiplicador, que faz “justiça social” por automatismo, e o faz melhor do que qualquer governo soi disant idealista e humanitário.

Vejam anualmente o index de Liberdade Econômica da Heritage Foundation e me mostrem um único regime intervencionista onde as pessoas tenham padrão de vida melhor do que nas nações de economia mais livre.

No entanto, por força da sua mesma prosperidade incontornável, o capitalismo fornece a vastas multidões de classe média os meios de acesso à educação universitária e depois não tem como dar a essa gente uma função útil na economia. O remédio é expandir ilimitadamente a "indústria cultural" para dar emprego à nova classe ociosa. Resultado: aumenta a cada dia o exército de pseudo-intelectuais frustrados, ressentidos, ávidos de um poder à altura dos méritos ilusórios dos quais se imaginam portadores. O progresso do capitalismo cria inexoravelmente a cultura da revolta socialista. Não o proletariado, mas a arraia-miúda universitária – o "proletariado intelectual", como o chamava Otto Maria Carpeaux – é a verdadeira classe revolucionária.

A composição sociológica de todos os partidos esquerdistas do mundo comprova isso da maneira mais patente. No entanto, não se pode dizer que Marx acertou nem mesmo nesse sentido imprevisto ao dizer que "o capitalismo traz em si a semente da sua própria destruição". A classe revolucionária não destrói o capitalismo: só o perverte mediante arranjos que elevam os revolucionários à condição de classe dominante ao mesmo tempo que mantêm em funcionamento aquele mínimo de liberdade de mercado sem o qual o socialismo, que só pode existir como promessa indefinidamente adiada, se transmutaria em realidade e se extinguiria automaticamente.

Portanto, a cultura do socialismo é a doença congênita do capitalismo avançado. Ele pode sobreviver indefinidamente a essa doença, mas à custa de destruir todos os bens culturais, morais e políticos que justificam a sua existência. A degradação da democracia genuína em "democracia de massas" – a ditadura da burocracia imperando sobre as formas vazias de instituições que perderam todo o sentido – é o preço de um capitalismo incapaz de criar uma cultura capitalista.

Gerar e destruir incessantemente tipos como Eliot Spitzer e José Dirceu é apenas um dos vícios estruturais inumeráveis que constituem o repertório de possibilidades da "democracia de massas".

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No documentário de Ben Stein, Expelled: No Intelligence Allowed , o dr. Richard Dawkins, que seus devotos consideram a encarnação mesma da razão científica em luta contra as trevas do obscurantismo e da superstição, faz uma revelação altamente significativa: ele não acredita no Deus dos cristãos e judeus, mas acredita... em deuses astronautas! Stein, que é um tremendo gozador, refreia-se e, por caridade, transmite a declaração sem comentários. Só não farei o mesmo porque não me sai da cabeça a frase célebre de G. K. Chesterton: "Quando os homens param de acreditar em Deus, não é que não acreditem em mais nada – eles passam a acreditar em tudo."

O contra-senso da neutralidade moral

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Thomas Sowell em 02 de abril de 2008

Resumo: Um dos corolários atuais é que falhas “pessoais” não têm relevância para a consecução das tarefas do cargo que se ocupa.O que quer dizer, em última análise, que o caráter não tem importância. Na realidade, caráter tem uma enorme importância, muito mais do que a maioria das coisas que podem ser vistas, medidas e documentadas.

© 2008 MidiaSemMascara.org

O que ele estava pensando? Essa foi a primeira pergunta que veio à mente quando surgiu na mídia a história do envolvimento do governador Eliot Spitzer, de Nova York, com uma prostituta.

Também foi essa a primeira perguntar a surgir quanto o quarterback Michael Vick, uma superestrela do futebol americano, arruinou sua carreira e perdeu sua liberdade por se envolver numa briga de cães, que é uma atividade ilegal. É uma questão que surge quando outras pessoas afortunadas arriscam tudo por uma satisfação trivial.

Muitos na mídia se referem a Eliot Spitzer como um herói moral que caiu em desgraça. Spitzer nunca foi herói moral. Ele era um inescrupuloso promotor que usava seu poder para arruinar as pessoas, mesmo quando não tinha nenhuma prova para acusá-las.

Por ele usar seu poder contra homens de negócios, a esquerda antimercada o idolatrava, assim como idolatrava anteriormente Ralph Nader como um tipo de santo secular, por seus ataques à General Motors.

O que Eliot Spitzer fez não foi algo estranho ao seu caráter. A ação coaduna perfeitamente com o caráter de alguém com a hybris [espécie de insolência, em termo emprestado do teatro grego] que acompanha a habilidade de abusar do poder e jogar com o destino de pessoas inocentes.

Depois que John Whitehead, ex-presidente da Goldman Sachs, escreveu um editorial no Wall Street Journal, criticando a maneira com que o Promotor Spitzer conduziu um caso envolvendo Maurice Greenberg, Spitzer teria dito a Whitehead: “Eu estou no seu encalço. Você pagará o devido preço. Isso é apenas o começo e você pagará tudo o que você fez.”

Quando você começa a se considerar um pequeno deus, capaz de usar seu peso para intimidar e calar as pessoas, é um sinal de que você se imagina acima das leis e das regras sociais que se aplicam a outros indivíduos.

Para alguém com tal tipo de hybris, arriscar a carreira política por um programa com uma prostituta não é mais surpreendente que Michael Vick jogar fora milhões de dólares por uma simples briga de cães ou que Leona Helnsley evitar pagar impostos – não porque ela não pudesse arcar com a despesa e ainda ficar com mais dinheiro do que pudesse gastar, mas porque ela se sentia acima das regras que se aplicam ao “Zé povinho”.

O que é quase tão temerário quanto ter alguém como Eliot Spitzer no poder é ter tantos jornalistas considerando o fato ocorrido com ele apenas uma falha “pessoal” do governador Spitzer e que isso não o desqualificaria para um cargo público.

O próprio Spitzer falou de sua falha “pessoal” como não tendo nada a ver com o fato de ele ser o governador de Nova York.

Nos tempos que correm, em que é considerado alta sofisticação ser “moralmente neutro”, um dos corolários é que falhas “pessoais” não têm relevância para a consecução das tarefas do cargo que se ocupa.

O que quer dizer, em última análise, que o caráter não tem importância. Na realidade, caráter tem uma enorme importância, muito mais do que a maioria das coisas que podem ser vistas, medidas e documentadas.

Caráter é do que dependemos quando damos, às autoridades que nos governam, poder sobre nós, nossas crianças e nossa sociedade.

Não podemos arriscar tudo em nome de uma afetação da moda: “sou mais moralmente neutro que vossa senhoria.”

Atualmente, diversos fatos, que estão começando a vazar, nos dão indícios sobre o caráter de Barack Obama. Mas noticiar esses fatos está sendo considerado como um ataque “pessoal”.

A associação pessoal e financeira de Barack Obama com um homem sob acusação de crime em Illinois não é somente uma questão “pessoal”. Nem é “coisa pessoal” seus 20 anos de freqüência a uma igreja cujo pastor tem louvado Louis Farrakan e condenado os EUA com termos violentos e linguagem obscena.

Os apoiadores de Obama igualam a menção a tais coisas com a crítica ao candidato pelo que membros de sua família possam ter dito ou feito. Mas é um dito antigo o de que você pode escolher seus amigos, mas não os seus parentes.

Obama escolheu ser parte de uma igreja por 20 anos. Ela não nasceu nela. Seu caráter “pessoal” tem importância, tal como tem importância o caráter “pessoal” de Eliot Spitzer – e tal como teria importância o caráter de Hillary Clinton, caso ela tivesse um.

Publicado por Townhall.com.

Tradução de Antônio Emílio Angueth de Araújo

Festim diabólico - mais uma prova de que a morte dos outros, (outros aí em oposição aos "cumpanheiros") não afligem os esquerdopatas

Do blog do REINALDO AZEVEDO
Quarta-feira, 02 de abril de 2008

Há dias, perguntei aqui: a dengue é municipal, estadual ou federal? Todos sabemos que, na cidade do Rio, falharam as três esferas de governo, e o resultado é o que se vê. Cá estamos. Este é o país “da saúde quase perfeita”, como já disse Lula uma vez. Este é o país onde se fez uma “revolução” no setor, como disse ontem o ministro José Gomes Temporão. Olhem aqui, meus caros, anotem isto: se a tragédia não torna os homens públicos um pouquinho mais pudorosos, então é sinal de que as coisas vão se repetir, e se repetir, e se repetir, tecendo a teia da incompetência crônica, que, com o tempo, vai virando um traço de caráter. E todos dirão, e todos diremos: “Somos assim mesmo. Não adianta”. Falei em pudor?

Confesso-me ainda chocado com o espetáculo protagonizado por Lula, Sérgio Cabral e Dilma Rousseff anteontem, na Baixada Fluminense: não eram três personagens da vida pública brasileira, mas três caricaturas. Seu palanque era uma urna funerária onde jaziam 67 cadáveres. As vítimas não morreram de dengue, não. Morreram de irresponsabilidade. Não foram picados pelo mosquito. Foram atropelados pela crônica incompetência. Não foram colhidos por desidratação ou hemorragia. Foram arrancados da vida pela impudicícia dos falastrões.

Por que tanto riso naquele palco macabro? Que acontecimento se celebrava ali? Era a festança do PAC. Regozijavam-se todos pelo país do futuro, esta construção mental que, na pena de Stefan Zweig, tinha um caráter promissor, otimista. Judeu austríaco fugido do nazismo — acabou escolhendo o Brasil como destino. E aqui se matou. O que pode assumir um triste simbolismo. O “país do futuro” tornou-se conversa mole da faroleiros, quase sempre uma desculpa para justificar os descalabros do presente.

Na festa do PAC, numa cidade praticamente vizinha à mortalha de infantes em que se transformou o Rio, Lula vociferou contra as oposições; Sérgio Cabral fez gracejos com a “presidente Dilma”; a ministra voltou a escandir sílabas, com suas tônicas supertônicas. Num dado momento, sua imagem foi exibida no telão: estava ali a nossa Grande Mãe.

Os petralhas que tentam infestar o blog, com aquela linguagem de que vocês viram pequena amostra, não se contêm e, como dizem, esfregam a popularidade de Lula na minha cara, como se ela fosse a resposta para todos os males e o redutor único da política. Não a eles, que não merecem resposta, mas aos milhares de freqüentadores desta página que se espantam com os números, observo: não é a primeira vez que um governo que fabrica desastres tem altos índices de aprovação. Esse par nem sempre é harmônico — ou o populismo não seria um fenômeno político que ainda desafia especialistas. Há uma mudança em curso na economia do mundo que, até agora, tem sido favorável ao país. De Lula, ela demandou a competência de não se meter na política econômica. O caso do Rio é outro. Política pública de saúde é uma área onde o governo pode e deve se meter. Antes que a tanto seja obrigado pelos mosquitos. Volto ao festim diabólico.

Só se celebrou aquele encontro porque, reitero, os representantes da Dona Zelite política presentes não se sentiam responsáveis ou mesmo constrangidos pela epidemia e pelas mortes. Ou teriam tido mais compostura e respeito. O respeito que nos merece um único morto — o que dizer de 67 deles?